“…Essas mudanças causaram impactos nas famílias e no cuidado das crianças, assim, as mulheres adquiriram novas demandas que se acumularam àquelas relacionadas ao trabalho doméstico não remunerado, que permaneceram (Fontoura & Moreira, 2016;Monteiro et al, 2018). Embora se reconheça a importância de que as mulheres desempenhem atividade remunerada (Senicato et al, 2016), tanto para sua identidade quanto para a autoestima, o sentimento de autonomia, a satisfação pessoal e o reconhecimento social (Barham & Vanalli, 2012), estudos sobre o trabalho das mulheres revelam que várias expectativas em torno disso são geradoras de sofrimento (Antloga et al, 2020). Entre essas expectativas, destacam-se aquelas relacionadas com a conciliação dos papéis de trabalhadora e mãe, o que pode acarretar uma sobrecarga às mulheres mães e favorecer o aumento dos níveis de estresse, cansaço e fadiga, comprometendo o seu envolvimento na educação dos (as) filhos (as) (Cordero-Coma & Esping-Andersen, 2018;Vikram et al, 2018).…”