TIC e sociedades cada vez mais envelhecidas: uma contextualização de estudos no Brasil, em Portugal e em outros países

Abstract

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Proteção financeira dos idosos à luz da lei geral de proteção de dados

“…O avanço da idade gera declínios cognitivos, motores e físicos. Esses fatores aliados a outras barreiras que dificultam a inclusão digital dos idosos, como baixa escolaridade, falta de locais para acesso a computadores e internet, falta de projetos e programas sociais de inclusão digital, senescência e memória de curto prazo, diminuição da atenção e concentração, audição, motricidade, visão, entre outros, torna os idosos mais susceptíveis a serem vítimas de violência por meio de tecnologia (Azevedo, 2017).…”

Experiências de pessoas idosas institucionalizadas sobre as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e perceção do estado de saúde

“…Estes dados estão em conformidade com o estudo realizado com idosos, em Castelo Branco, na qual o número de idosos que admitem ter medo em usar as TIC era bastante residual (29). Segundo a literatura, o desconhecimento e inexperiência dos idosos na utilização das TIC justifica alguma insegurança e medo de danificar os equipamentos ou alterar a sua configuração, que alguns idosos referem (27).…”

“…De facto, 31 idosos referem que a letra pequena de alguns aparelhos dificulta o seu uso, 28 idosos referem apresentar limitações físicas (como dificuldades de visão, audição e memorização) que complicam a utilização das TIC e 23 admitem ter dificuldades em encontrar a informação que necessitam. Estes resultados são similares aos mencionados noutros estudos que apontam a memorização de comandos, problemas com o rato e teclado, tamanho da letra, menor agilidade física e mental, iliteracia e medo como as principais dificuldades na utilização das TIC pelos idosos (27,28,33). Neste sentido, estes resultados sugerem aspetos das TIC que podem ser adaptados às dificuldades de alguns perfis de pessoas idosas para que seja possível utilizarem as TIC.…”

A influência da tecnologia da informação e da comunicação sobre o vínculo avós e netos, na contemporaneidade: uma contribuição da psicanálise vincular

“…Damos destaque, dentre esses novos recursos digitais, as redes sociais, que são os meios pelos quais a comunicação e a interação, ou seja, os vínculos, acontecem virtualmente, pois é a temática sobre a qual se debruça esta pesquisa. A recentidade de tais tecnologias faz com que as gerações mais novas sejam mais familiarizadas com elas (Anjos, Campos, Gontijo & Vieira, 2014), ao passo que o segmento dos mais idosos inicialmente sofreu e ainda sofre certa exclusão digital (Azevedo, 2017), quadro que vem se revertendo, entretanto (Torres & Dias, 2017). Isso faz pensar em como avós e netos, que compartilham o presente ao mesmo tempo em que se separam pela distância temporal, sentiriam o peso da TIC e em como ela poderia estar afetando o seu vínculo atualmente.…”

“…Entretanto, mais do que uma inversão da lógica, em que os mais novos ensinam os mais velhos, considera-se a possibilidade de pensar talvez em uma igualação, devido a essa tendência à horizontalização. Nesse sentido, se os mais velhos ainda são considerados por alguns como prejudicados por esse processo ou excluídos digitais (Azevedo, 2017), seria apenas porque o surgimento recente das TICs ainda não teria oferecido o tempo suficiente para sua adaptação, que, todavia, poderia ser alcançada, como pode ser verificado pelo aumento cada vez maior de pessoas mais velhas aderindo à tecnologia (Torres & Dias, 2017).…”