The representation of HIV/AIDS and hepatitis B in the dentistry context

Abstract

Introduction: HIV/AIDS and hepatitis B are diseases with major epidemiological and social impacts, with important effects in the dentistry context. This study aimed to compare the knowledge, presence, and manifestation of discriminatory and stigmatizing acts of dental surgeons, dental assistants, and dental students concerning social representations of HIV/AIDS and hepatitis B.
 Methodology: This cross-sectional, quantitative study was carried out in Brazil with primary health care dental surgeons (n = 219) and dental assistants (n = 152) in 40 municipalities and dental students of a public university (n = 179). The z-test for proportions (p ≤ 0.05) was used for data analysis to compare the three groups.
 Results: We found statistically significant differences regarding knowledge about HIV/AIDS and hepatitis B, with a higher percentage of correct answers by dental surgeons (97.7%). Regarding infection, the fear of contracting HIV/AIDS was more representative, whereas hepatitis B was more mentioned concerning the risk of infection. In general, only 30.7% and 42.2% of individuals would accept care from professionals with HIV/AIDS and hepatitis B, respectively; assistants and students had the higher proportion of refusal of care. Also, a higher proportion of assistants (47.4%) believed there are different conducts in the care of patients with HIV and hepatitis B.
 Conclusions: The knowledge of individuals about infectious diseases is still inconsistent, especially among dental assistants and students. Moreover, these groups showed a silent and hidden presence and manifestation of discriminatory and stigmatizing attitudes, with greater representativeness for HIV/AIDS.

Hepatite B às Práxis da Área Médica- Status de soroconversão de estudantes de medicina por meio de imunoensaios enzimáticos e seus fatores influentes.

“…Ao longo das últimas décadas, foi observado um aumento exponencial nos marcadores do VHB em profissionais da área da saúde, ratificando assim, a alta prevalência da doença em médicos e estudantes de medicina (Bhandari, et al, 2021). As discussões a respeito das doenças infectocontagiosas são imprescindíveis no âmbito da saúde, considerando os efeitos destas afecções nos cenários epidemiológicos e sociais (Wakayama et al, 2021).…”

“…Neste estudo tornou-se evidente que os indivíduos do subgrupo "Não-Imunizado" tinham o hábito do tabagismo (16%) e não praticavam atividades físicas regulares (50%). Estes achados estão em conformidade com outros estudos, e podem ser justificados considerando que certos comportamentos individuais de saúde, como o tabagismo e o sedentarismo, estão intrinsicamente relacionados com a produção insuficiente de anticorpos (Wakayama et al, 2021;Liu et al, 2017;Yang et al, 2016). Além do mais, constatou-se por meio da análise multivariada que os graduandos que praticavam atividades físicas frequentemente dispunham de 5,113 mais chances de serem imunizados contra o VHB do que aqueles que são sedentários, da mesma forma como os achados verificados na literatura (Batista et al, 2021;Liu et al, 2017;Yang et al, 2016).…”

“…No que se refere as atitudes e comportamentos dos discentes de medicina diante da representação social da hepatite B, percebeu-se que a maioria declarou assertivamente que pacientes portadores da infecção pelo VHB enfrentavam dificuldades em relatar tal informação nos serviços de saúde, em razão da existência de atitudes discriminatórias. De acordo com Wakayama et al, tal condição pode ser explicada pelo fato da hepatite B ser uma doença estigmatizante, e que expõe os indivíduos infectados à uma situação de marginalização, discriminação e exclusão social (Wakayama et al, 2021).…”

“…Ainda que grande parte dos estudantes de medicina afirmassem dispor de um alto nível de conforto e empatia no que se refere ao atendimento de um indivíduo portador da hepatite B, encontram-se associações estatisticamente significantes (p<0,000) entre a percepção dos discentes frente a uma possível assistência cirúrgica ofertada por um médico e/ou cirurgiãodentista portadores do VHB. Sendo assim, por meio da análise multivariada, verificou que os alunos que responderam negativamente apresentavam 5,180 ((OR=5,180 IC 95% 1,112-24,139) mais chances de serem "Não-Imunizados" do que aqueles que afirmaram que seriam pacientes de médicos e cirurgiões-dentistas portadores da hepatite B. Tais achados estão em consonância com o exposto em outros estudos, nos quais, embora os acadêmicos afirmassem que buscariam atendimento médico e/ou odontológico em profissionais infectados pelo VHB, a desconfiança e a discriminação estavam sutilmente velados em seus comportamentos e atitudes (Garbin et al, 2018;Wakayama et al,2021).…”

“…A hepatite B é uma doença de cunho infeccioso, de grande relevância epidemiológica e que impacta diretamente nas conjunturas sociais. O vírus da hepatite B (VHB) apresenta uma alta mortalidade, morbidade e virulência, e é considerado um problema de saúde pública diante da sua expressividade no cenário mundial (Wakayama et al, 2021).…”