“…De um lado, há aqueles que subscrevem o princípio de precaução, tomado como o exercício da "precaução científica", que envolve a exigência e urgência de (1) uma moratória técnica -isto é, a suspensão ou descontinuação do uso em larga escala de sementes GM e de (2) um incremento de pesquisa científica alternativa contextualizada sobre os efeitos e consequências do uso dessas biotecnologias químicas tendo em vista a descontinuação do uso de agrotóxicos químicos e de organismos artificiais resistentes a agrotóxicos e, de outra parte, de uma agenda alternativa de transição (com o desenvolvimento de programas de pesquisa científica e técnica sobre a descontaminação e recuperação de áreas), que permita passar das estratégias experimentais e descontextualizadas, praticadas pelo agronegócio para uma agricultura sustentável desenvolvida segundo estratégias contextualizadas que contemplam os meios locais em ciclos mais fechados de produção de insumos e de energia, ou seja, mais próximas de práticas sustentáveis com formas de gerenciamento diferentes das utilizadas pelo gerenciamento tecnocientífico ligado à inovação de linha neoliberal (cf. Mariconda, 2012;Lacey, 2014).…”