A aroeira mansa (Schinus terebinthifolia Raddi) é uma espécie nativa da América do Sul, com ampla distribuição na costa brasileira e tem sido avaliada quanto as suas atividades biológicas, mas seu uso requer cautela devido à sua toxicidade. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos fisiológicos, fitotóxicos, citotóxico e genotóxico de extrato etanólico e aquoso de folhas e flores de aroeira mansa sobre o bioindicador vegetal alface. Os bioindicadores vegetais apresentam vantagens como baixo custo, sensibilidade e reprodutibilidade. Para o bioensaio foram utilizadas 5 repetições de 50 sementes de alface para cada concentração dos diferentes extratos (5 mg×mL-1, 10 mg×mL-1, 20 mg×mL-1, 40 mg×mL-1) e água destilada como controle negativo. Para análise do efeito alelopático e fitotóxico, as variáveis foram respectivamente germinação inicial e final, comprimento de parte áerea e radicular. Para análise do efeito cito e genotóxico, lâminas com células meristemáticas foram preparadas pela técnica de esmagamento, coradas com orceína acética e analisadas em microscópio óptico através da técnica de varredura, contando 5000 células/tratamento. Foram calculados o índice mitótico (IM) avaliando-se as células em diferentes fases da mitose e o índice de anormalidades cromossômicas (IAC) em células em divisão ativa. Observou-se atividade alelopática, fitotóxica e citotóxica dos extratos etanólicos e aquosos de folhas e de flores de aroeira mansa nas concentrações mais altas (20 e 40 mg×mL-1) e atividade genotóxica dos extratos etanólicos de folhas e de flores na concentração de 20 mg×mL-1. Conclui-se que estes extratos têm potencial para estudos como insumos na agricultura.