“…A complexa tarefa de contextualizar a mola propulsora desta decisão das mulheres negras de se reinventar na luta do movimento negro e de marchar à Brasília, foram apropriados a noção de identidades -construídas especialmente sob a ideia de pertencimento, principalmente racial e de gênero, afirmadas pela sua plasticidade e com um forte viés de cunho político. Busca apoio, ainda, no pensamento sobre diáspora negra, proposto por Robin Cohen (2008) que, influenciado por leituras pós-modernas, teve decomposto alguns de seus elementos fundamentais, a exemplo de "terra natal" e "comunidade étnico-religiosa" (2008, p. 520). Face às complexidades que delimitavam tais ideias, termos como culturas e identidades tiveram que ser radicalmente reorganizadas, reconceitualizadas, desterritorializadas e afirmadas como flexível, situacional,enquanto experiências políticas diversas que vai de encontro à ideia de uma "unanimidade racial" (GILROY, 2001, p. 256) 4 e de gênero.…”