2014
DOI: 10.1590/s1415-47142014000100009
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Sofrimento psíquico e trabalho

Abstract: O presente artigo aprofunda questões clínico-téoricas relacionadas especificamente ao trabalho docente e ao sofrimento psíquico a ele relacionado a partir da observação clínica e vivência grupal nos atendimentos terapêuticos ocupacionais realizados no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo "Francisco Morato de Oliveira" (HSPE-FMO). Partindo dos estudos acerca da Psicopatologia do Trabalho de Christophe Dejours, do trabalho docente e do relato de um caso clínico, caracteriza a problemática do sofrim… Show more

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“…Já os sintomas físicos evidenciados nos estudos foram dores corporais e agravos à saúde decorrentes do envelhecimento 29,30 , perda auditiva e problemas nas cordas vocais [31][32][33][34] , disfonia [35][36][37] , dores nos membros superiores e dorso relativas ao esforço excessivo 38 e incoordenação pneumofônica 39 . Quanto aos sintomas psíquicos, prevaleceram regressão 40 , exaustão emocional, nervosismo, estresse e insônia 41 , Síndrome de Burnout [42][43][44] , transtornos psíquicos e afastamentos do trabalho 45,46 , prejuízos na criatividade e domínios socioemocionais 47,48 , negação 49 , despersonalização 50 e distorções na percepção da importância e do esforço dedicado ao trabalho -o trabalho como um "sacerdócio" -que predispõe o docente a se submeter a riscos e sobrecarga 51 . Entre as práticas e medidas de promoção de saúde, os estudos mostraram que: favorecer a ética, a autonomia e a preocupação coletiva no trabalho diminuem o estresse ocupacional 52 ; a articulação entre pesquisa e trabalho docente favorece a otimização das condições de trabalho pelo professor 53 ; a orientação e diagnóstico fonoaudiológico aprimora o cuidado com a própria voz e reduz a exposição ao risco no ambiente de ; os treinos e aquecimentos vocais, bem como as oficinas fonoaudiológicas diminuem os problemas vocais [57][58][59] ; as intervenções dialógicas em grupo que articulam o saber técnico-profissional com especificidades contextuais apresentam maior eficácia na mudança de hábitos [60][61][62] ; as oportunidades de lazer, melhores condições de trabalho e econômicas, bem como acesso à orientação em saúde vocal protegem agravos à voz do professor 63,64 ; a discussão de ideais e utopias políticas e educacionais com professores favorecem a resistência às dificuldades cotidianas...…”
Section: Evidências Apontadas Pelos Estudosunclassified
“…Já os sintomas físicos evidenciados nos estudos foram dores corporais e agravos à saúde decorrentes do envelhecimento 29,30 , perda auditiva e problemas nas cordas vocais [31][32][33][34] , disfonia [35][36][37] , dores nos membros superiores e dorso relativas ao esforço excessivo 38 e incoordenação pneumofônica 39 . Quanto aos sintomas psíquicos, prevaleceram regressão 40 , exaustão emocional, nervosismo, estresse e insônia 41 , Síndrome de Burnout [42][43][44] , transtornos psíquicos e afastamentos do trabalho 45,46 , prejuízos na criatividade e domínios socioemocionais 47,48 , negação 49 , despersonalização 50 e distorções na percepção da importância e do esforço dedicado ao trabalho -o trabalho como um "sacerdócio" -que predispõe o docente a se submeter a riscos e sobrecarga 51 . Entre as práticas e medidas de promoção de saúde, os estudos mostraram que: favorecer a ética, a autonomia e a preocupação coletiva no trabalho diminuem o estresse ocupacional 52 ; a articulação entre pesquisa e trabalho docente favorece a otimização das condições de trabalho pelo professor 53 ; a orientação e diagnóstico fonoaudiológico aprimora o cuidado com a própria voz e reduz a exposição ao risco no ambiente de ; os treinos e aquecimentos vocais, bem como as oficinas fonoaudiológicas diminuem os problemas vocais [57][58][59] ; as intervenções dialógicas em grupo que articulam o saber técnico-profissional com especificidades contextuais apresentam maior eficácia na mudança de hábitos [60][61][62] ; as oportunidades de lazer, melhores condições de trabalho e econômicas, bem como acesso à orientação em saúde vocal protegem agravos à voz do professor 63,64 ; a discussão de ideais e utopias políticas e educacionais com professores favorecem a resistência às dificuldades cotidianas...…”
Section: Evidências Apontadas Pelos Estudosunclassified
“…Para Fontana e Pinheiro (2010), entre as queixas mais frequentes entre os professores encontram-se a lombalgia, cefaleia, artralgias, cervicalgia, dores de garganta, rouquidão, alergias, varizes e dor nos membros inferiores. Conforme Vieira (2014), os professores, por vezes, apresentam ainda humor deprimido, esgotamento físico e mental, comportamentos agressivos, somatizações, conversões histéricas, neuroses obsessivas, paralisia facial, amnésia e sonambolismo.…”
Section: Discussionunclassified
“…Contudo, os professores que buscam tratamento, aparentemente não estão dispostos a realizar um trabalho clínico adequado, havendo uma tendência à estagnação, ao não trabalho, ao vício e ao lamento. Geralmente, os docentes acabam fazendo uso de medicamentos para manutenção da qualidade de vida e da concentração no trabalho (CASSANDRE, 2011;VILELA;GARCIA;VIEIRA, 2013;VIEIRA, 2014). …”
Section: Discussionunclassified
“…Apesar disso, o contexto acadêmico propriamente dito, sobretudo, o âmbito da pós-graduação, não possui literatura vasta sobre esta temática (VIEIRA, 2014), o que justificou a relevância desta pesquisa, a qual na tentativa de ampliar estes estudos apresentou como referencial teórico a Psicodinâmica do Trabalho e a Psicologia Social, além de artigos científicos.…”
Section: Introductionunclassified