A região Amazônica vem se desenvolvendo economicamente em meio a conflitos sociais, econômicos e ambientais. No Pará a produção agrícola é caracterizada principalmente por extensas áreas de monoculturas e pastagens. O modelo de agricultura praticado em diversas regiões do Pará sempre foi baseado na agricultura de subsistência ou itinerante, cujo processo acontece a partir da derruba-e-queima, onde ocorre a substituição parcial da floresta primária, pela vegetação de capoeira. Os sistemas agroflorestais (SAF’s) são uma forma de preservação combinada com a geração de renda, e se inspiram na dinâmica natural das florestas, onde a diversidade biológica permite o melhor aproveitamento dos recursos naturais em função das distintas característica e necessidades nutricionais de cada espécie dentro de uma determinada área. Diante dos impactos negativos causados pelo modelo de agricultura convencional praticado, surge a necessidade de desenvolver um modelo de exploração agrícola sustentável. O presente trabalho apresenta os sistemas agroflorestais como um modelo sustentável de produção para agricultores familiares da região Nordeste do Pará. O trabalho foi desenvolvido por meio de um levantamento bibliográfico, fundamentado em trabalhos científicos, como livros, artigos, teses, revistas e periódicos. Pode-se verificar que os Sistemas Agroflorestais (SAFs) apresentam grande potencial para substituir o modelo de agricultura convencional, como uma alternativa de cultivo sustentável para agricultores rurais, gerando renda, garantindo a segurança alimentar das famílias, contribuindo para o desenvolvimento econômico da região ao mesmo tempo em que auxilia na conservação ambiental e restauração de áreas degradadas. Além disso, observou-se lacunas de estudo sobre o tema, evidenciando a necessidade de trabalhos futuros e atuais, uma vez que, o tema foi estudando por poucos pesquisadores e que boa parte das referências possuem mais de 10 anos.