Este estudo objetivou identificar a prevalência de Sífilis e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis, bem como o comportamento sexual de risco em indivíduos com vírus da imunodeficiência humana na região da tríplice fronteira, Brasil, Paraguai e Argentina. Estudo transversal, descritivo/quantitativo, realizado no Serviço de Atenção Especializada de Foz do Iguaçu, Brasil. A amostra populacional final consistiu-se de 307 pacientes e os dados foram coletados no Sistema de Informação de Exames Laboratoriais e por meio de um questionário estruturado. Foram incluídos pacientes que viviam com o vírus da imunodeficiência humana/síndrome da imunodeficiência adquirida. O estado infectado e as variáveis independentes foram verificados com o emprego das análises univariada e multivariada (p≤0,05). Entre os 307 participantes, a prevalência de Sífilis e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis foi de 9,5% e 5,2%, respectivamente. Para o diagnóstico de Sífilis, houve prevalência da faixa etária de 18 a 44 anos, nacionalidade brasileira, residência em Foz do Iguaçu, estudantes de graduação em Cidade do Leste, ≥ 12 anos completos de estudo, estado civil solteiro, um a cinco parceiros sexuais masculinos, baixo uso de preservativo e declarado ter recebido orientações sobre infecções sexualmente transmissíveis (<0,05). A frequência de teste de carga viral do vírus da imunodeficiência humana foi de 25,7% e 12,1% detectaram carga viral no último exame realizado. Esses achados indicam que as infecções sexualmente transmissíveis, sobretudo a Sífilis, decorreu de comportamentos sexuais de risco entre pessoas que viviam com o vírus da imunodeficiência humana/síndrome da imunodeficiência adquirida na região da tríplice fronteira, Brasil-Paraguai-Argentina.