“…Assim, as RS permitem definir a identidade do grupo, bem como seu pertencimento social14 .Dessa forma, um dos eixos da teoria parte da compreensão de que tais RS emergem como elaborações de sujeitos sociais acerca de um objeto, logo, busca-se explicar o sentido atribuído ao objeto representado não a partir de um indivíduo isolado, mas de sua pertença de grupo14 .À luz desse entendimento, quando se pensa então na COVID-19 enquanto fenômeno de RS para os profissionais de enfermagem da UTI, interesse deste artigo, há de se destacar que no cenário da UTI existe um sentimento de pertencimento que une os profissionais de enfermagem, a partir do qual dão sentido ao mundo, lidam praticamente com o cotidiano e estabelecem relações comunicativas. Há uma identidade social nesse cenário, que abarca os elementos orientadores dos modos de usar as tecnologias, a figura típica de paciente da UTI, bem como os atributos do enfermeiro ideal, o sentido do trabalho, o relacionamento intra e interequipes15 .Com a emergência da COVID-19, tal fenômeno passou a integrar o cotidiano dos profissionais de enfermagem na UTI, imerso em afetos, imagens, símbolos, normas e valores. Diferentes aspectos evidenciam a sua relevância para este grupo de pertença.Primeiramente, é preciso pontuar que a COVID-19 é uma doença que, na maioria da população, cursa com sintomas leves de uma síndrome gripal, exigindo apenas o tratamento sintomático do quadro clínico, sem a necessidade de internação hospitalar.…”