Objetivo: verificar a associação entre a ocorrência de infecção de sítio cirúrgico e a necessidade de reabordagem, em pacientes submetidos a cirurgias limpas e potencialmente contaminadas. Método: estudo longitudinal, envolvendo 75 pacientes com infecção; a coleta de dados foi em formulário de pesquisa avaliando aspectos sociodemográficos e clínicos. A associação foi avaliada pela razão de chances e seus intervalos de confiança (IC95%). Resultados: pacientes internados por causas externas têm chance quatro vezes maior de reabordar cirurgicamente (p=0,011), na especialidade ortopédica a razão foi cinco vezes maior (p=0,003), reinternações, têm 10 vezes mais chances de reabordagem (p=0,000), leucocitose (p=0,002) e alteração no valor de PCR (p=0,016) mostraram-se associados à necessidade de realização de nova cirurgia. A cultura positiva (p=0,001) e antibiótico terapêutico (p=0,04) demonstraram-se fatores protetores para a reabordagem. Conclusão: os dados demonstram os principais fatores associados à necessidade de reabordagem cirúrgica, norteando outros hospitais com o mesmo perfil hospitalar.