“…Muitos pacientes, devido a desigualdade social, não puderam dar sequência a análise, por diversos motivos, dentre eles, a falta de um ambiente adequado, questões financeiras, dificuldade no acesso a internet e, até mesmo, distância geracional(Saddi, 2020).O trabalho remoto exercido por psicanalistas em seus novos settings terapêuticos, em contrapartida, em muitas conjunturas, acolheu, a partir de uma escuta qualificada, o sofrimento, as dores, incertezas, o luto, a instabilidade e tantos outros sintomas expressos pelos sujeitos e suas subjetividades durante um período de tantas instabilidades, como foi o da pandemia. Ampliando, portanto, as possibilidades de acolhimento da psicologia, e para Rocha, Corrêa e Araújo (2022) "Seguimos sendo analistas e os analisandos sendo pacientes", dada as devidas adaptações que ambos necessitam realizar Correia et al, (2023),. discorrendo sobre o período da pandemia, afirma que quando não cuidadas, as questões psíquicas podem proporcionar um espaço potencial para o sofrimento e dor; sendo assim, para os autores "viabilizar espaços de cuidado com a saúde mental das pessoas é imprescindível" (p. 11).…”