Saúde mental dos profissionais de saúde no Brasil no contexto da pandemia por Covid-19

Abstract

A pandemia causada pela Covid-19 tem afetado negativamente a Saúde Mental de profissionais de saúde, especialmente os que trabalham na linha de frente assistencial, pois lidam diariamente com o medo de se infectarem e infectarem os outros, a carência de equipamentos de proteção individual e a sobrecarga de trabalho. Este texto objetiva discutir as nuances relacionadas à Saúde Mental dos profissionais de saúde do Brasil em tempos de pandemia por Covid-19. Elenca a importância da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) como instrumento de apoio aos profissionais que precisam de cuidados de base territorial e destaca a resiliência psicológica como estratégia de enfrentamento das adversidades oriundas da pandemia. Ademais, sabe-se que os desafios relacionados à Saúde Mental permanecem urgentes e merecem, das autoridades sanitárias no Brasil, o devido valor.

Isolamento social e seus impactos na saúde mental: Uma revisão

“…Os resultados do presente estudo encontram-se no Quadro 1. Gayer et al, 2020Silva Júnior AF, et al, 2020Dantas, 2021El-Hage et al, 2020Saidel, 2020Silva, 2020Tavares, 2020Weide, 2021 Artigos sobre Pessoas com transtornos mentais Artigos sobre Idosos Ornell et al, 2020Sher, 2020Shigemura et al, 2020Ferreira, 2021Lima-Costa et al, 2020Romero et al, 2021Silva et al, 2021…”

“…Entende-se que profissionais de saúde por atuarem na linha de frente prestando assistência e cuidados aos pacientes acometidos pelo vírus, possuem uma sobrecarga em relação a sua atuação profissional, além de lidar com situações diversas de fragilidade do humano e a convivência cotidiana com a iminência da morte. Apesar do surgimento da vacina, a tensão a sobrecarga de trabalho, a carência de equipamentos e até mesmo os riscos de infecções e reinfecções pelo vírus continuam presentes no cotidiano destes profissionais, ocasionando grandes impactos em sua saúde mental (Dantas, 2021). Research, Society and Development, v. 10, n. 8, e22110817206, 2021 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i8.17206 O desgaste físico e emocional destes profissionais vem aumentando, causando a instabilidade da saúde mental, ocasionando maiores níveis de estresse, ansiedade, irritabilidade, insônia e depressão, além de outras questões também como; divergências de informações em relação ao vírus; mudanças constantes de protocolos; coberturas de plantões aumento da carga horária; medo; constante falta de medicamentos e insumos para atendimento à população infectada, dentre outros, além das perdas de familiares, conhecidos e o afastamentos constante de colegas contaminados (Fiocruz, 2020).…”

“…Entende-se que os profissionais de saúde que estão diretamente ligados ao atendimento de pacientes acometidos pela doença, tem um nível de estresse maior, além dos que já tem que lidar cotidianamente, nos serviços de saúde de um modo geral (Dantas, 2021). Sendo assim prestar assistência a pacientes que sofrem por COVID-19, tende a ter um efeito emocional mais relevante, se tornando comum sentir-se sobrecarregado e pressionado, não podendo estes serem relacionados a fraqueza ou incompetência profissional (Fiocruz, 2020).…”

Relatos de profissionais de saúde no contato com a disciplina de práticas integrativas e espiritualidade em saúde: Vivências, reflexões e ciência

“…Em geral, foi relatada a melhoria no autoconhecimento e autocuidado, o que é essencial, especialmente considerando os quadros de desordens psicológicas que foram exacerbados entre os profissionais de saúde durante a pandemia de COVID-19 (Dantas, 2021) (Moreira;Souza;Nobrega, 2020).…”

Auriculoterapia no controle dos sintomas da ansiedade de profissionais de saúde: uma revisão sistemática

“…Nesse contexto, as repercussões da ansiedade associadas ao fácil acesso a medicamentos, tornam os profissionais de saúde vulneráveis à automedicação e ao abuso de psicofármacos. Fato que pode resultar na maior incidência de erros, baixo rendimento, dificuldade de interação com a equipe, tolerância medicamentosa, dependência e óbito (Dantas, 2021;Minas, Rodacoski & Sdoukos, 2019;Ribeiro et al, 2020).…”