AgradecimentosÀ Fausta, exímia professora, pela leitura sempre atenta e perspicaz, pela preciosa sugestão de caminhos a percorrer, pelo diálogo incansável. À Cláudia Lemos, ao Eduardo Guimarães e à Mônica Zoppi Fontana, pela grata participação em diferentes etapas desta minha qualificação, pelos comentários sempre esclarecedores, pela luz projetada sobre o meu percurso.Ao meu pai e à minha mãe, pelo encorajamento, pelo suporte emocional, por acreditarem sempre e, principalmente, pela manifesta aceitação da diferença.Ao Benito, por compartilhar todo o prazer e toda a amargura da vida, pela confiança inabalável, por seu ombro e suas palavras.Ao Alexandre, irmão amado, que com seu jeito imperturbável me oferece a alegria de dividir um pouco da vida comigo.À Lucinha, pessoa de enorme generosidade, pelo oferecimento e disponibilização irrestrita dos textos escritos por sua filha e carinhosamente guardados por ela. À Luisa, pelos textos deliciosos que motivaram minhas reflexões e tornaram o trabalho prazeroso.À Mazé, à Lígia, à Iara e ao Borges, personagens integrantes do meu amadurecimento intelectual, pelo modelo irrepreensível, pelo acolhimento, pelas conversas nos corredores da universidade e nas mesas de restaurantes.Ao Caetano, rapaz de um tipo raro, sabedor e modesto, amigo sempre presente.A Ana Cristina, Matê, Pascoalina, Victória e Zelma, companheiras "ielinas" do meu percurso, pelas agradáveis conversas, pelo profícuo debate, pelo pouso em Campinas, pelos saborosos almoços. À Luzia, pelos tantos anos de amizade e acolhimento, às vezes acompanhados de uns bichanos alegres e festeiros como a dona. À Silvana, grande amiga, pela presença em momentos decisivos da minha vida e pela voz sempre atenta e tranqüila.À Silvia e à Ana, pelos bons papos regados a doces e cafés, pela amizade e pela alegria de viver, cada uma a seu modo.À Capes, cujo financiamento tornou o trabalho menos árduo.xi "Queria entender do mêdo e da coragem, e da gã que empurra a gente para fazer tantos atos, dar corpo ao suceder. O que induz a gente para más ações estranhas, é que a gente está pertinho do que é nosso, por direito, e não sabe, não sabe, não sabe! (...) "Tive mêdo. Sabe? Tudo foi isso: tive mêdo! Enxerguei os confins do rio, do outro lado. Longe, longe, com que prazo se ir até lá? Mêdo e vergonha. A aguagem bruta, traiçoeira -o rio é cheio de baques, modos moles, de esfrio, e uns sussurros de desamparo. Apertei os dedos no pau da canoa. Não me lembrei do Caboclo-d'Água, não me lembrei do perigo que é a 'onça-d'água', se diz -a ariranha -essas desmergulham, em bando, e bécam a gente: rodeando e então fazendo a canoa virar, de estudo. Não pensei nada. Eu tinha o mêdo imediato. E tanta claridade do dia. O arrôjo do rio, e só aquêle estrape, e o risco extenso d'água, de parte a parte. Alto rio, fechei os olhos. Mas eu tinha até ali agarrado uma esperança. Tinha ouvido dizer que, quando canoa vira, fica boiando, e é bastante a gente se apoiar nela, encostar um dedo que seja, para se ter tenência, a constância de não afundar, e aí ir segu...