“…al, 2011 Tais números demonstram que, pelo menos em termos de indicadores de criminalidade, o "efeito" da "pacificação" sobre a violência urbana no estado do Rio de Janeiro começou a esgotar-se entre os anos de 2013 e 2014. As causas para tanto ainda são objeto de discussão, e vão desde dificuldades institucionais -como as diferenças hierárquicas internas à polícia militar que estariam sendo desrespeitadas pelo modelo das UPPs -até a falta de financiamento necessário por conta da crise crise econômica do estado ocorrida após os megaeventos, passando por análises que caracterizam a instituição miliar como refratária à conceitos como policiamento de proximidade (Puff, 2016;Ribeiro et al 2018). Outrossim, muitos pesquisadores reforçam que o modelo de "guerra às drogas" implementado nunca terá os efeitos pretendidos pela "pacificação", por estar baseado na criminalização da pobreza (na "guerra aos pobres") e não no combate às causas da violência (entre outros, cabe destacar Leite, 2017;Pacheco de Oliveira, 2014;Barros e Farias, 2017; Possivelmente, a confluência desses diversos fatores levaram ao ocaso do programa e, em abril de 2018, o ministro Extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, anunciou a extinção de 18 das 38 Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) do estado, e a 20 Segundo o Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, são contabilizados nessa categoria os seguintes tipos penais: homicídio doloso, roubo seguido de morte (latrocínio), lesão corporal seguida de morte e morte decorrente de intervenção de agente do Estado.…”