Riscos físicos e sua identificação por auxiliares de enfermagem de Hospital de Ensino do Estado de Minas Gerais, Brasil

Abstract

Objective: to examine if nursing auxiliaries identify the physical risks they are exposed to in their work at the hospital. Method: the research used a quantitative, descriptive and non-experimental approach. Data collection involved 85 subjects (32.9% of staff), using a questionnaire that contained both questions for biographical and professional identification and questions related to physical risks. Results: most participants were women (82.3%); married (41.2%), between 31 and 40 years old (27.1%) and had finished secondary education (60%). Thirty percent of them correctly described the concept of physical risk; however, only 29.4% managed to identify the factors of this risk with certainty; the remainder identified them totally or partially wrong, mixing them up with other risk agents (67.1%), or did not answer the question (3.5%). Final considerations: nursing workers, especially nursing auxiliaries, should have access to health education and promotion actions, knowledge on occupational risks, for the sake of adequate prevention during labor activities carried out in sites with a range of risk factors that can favor diseases and occupational accidents. Descriptors: occupational risks; occupational health; nurses’ aides; nursing.RESUMO Objetivo: investigar se os auxiliares de enfermagem identificam os riscos físicos aos quais estão ocupacionalmente expostos no hospital. Método: a pesquisa foi de abordagem quantitativa, descritiva, não-experimental. A coleta de dados foi realizada com 85 sujeitos (32,9% do quadro funcional), por meio de um questionário com perguntas para identificar, biográfica e profissionalmente, os entrevistados, além de questões relacionadas aos riscos físicos. Resultados: a maioria dos participantes era do sexo feminino (82,3%); casada (41,2%), com idade entre 31 a 40 anos (27,1%) e ensino médio completo (60,0%). O conceito de risco físico foi corretamente descrito por 30,0% deles; entretanto apenas 29,4% conseguiram identificar com certeza os fatores deste risco; os demais identificaram-nos total ou parcialmente errado, confundindo-os com outros agentes de risco (67,1%), ou náo responderam a questáo (3,5%). Considerações finais: trabalhadores de enfermagem, especialmente os auxiliares de enfermagem, devem ter acesso a ações educativas e promotoras da saúde, aos conhecimentos sobre os riscos ocupacionais, para se prevenirem adequadamente durante a atividade laboral em locais cuja gama de fatores de risco podem favorecer adoecimentos e acidentes de trabalho. Descritores: riscos ocupacionais; saúde do trabalhador; auxiliares de enfermagem; enfermagem.RESUMENObjetivo: investigar si los auxiliares de enfermería identifican los riesgos físicos a los cuales están ocupacionalmente expuestos en el hospital. Método: la investigación fue de aproximación cuantitativa, descriptiva, no-experimental. La recolecta de datos fue realizada con 85 sujetos (32,9% del cuadro funcional), mediante un cuestionario con preguntas para identificación biográfica y profesional de los entrevistados, además de cuestiones relacionadas a los riesgos físicos. Resultados: la mayoría de los participantes era del sexo femenino (82,3%); casada (41,2%), con edad entre 31 y 40 años (27,1%) y enseñanza secundaria completa (60%). El concepto de riesgo físico fue descrito correctamente por el 30,0% de ellos; sin embargo, sólo el 29,4% logró identificar por supuesto los factores de este riesgo; los demás los identificaron total o parcialmente equivocado, confundiéndolos con otros agentes de riesgo (67,1%), o no contestaron la cuestión (3,5%). Consideraciones finales: trabajadores de enfermería, especialmente los auxiliares de enfermería, deben tener acceso a acciones educativas y promotoras de la salud, a los conocimientos sobre los riesgos ocupacionales, para prevenirse adecuadamente durante la actividad laboral en sitios cuya gama de factores de riesgo puede favorecer enfermedades y accidentes de trabajo. Descriptores: riesgos laborales; salud laboral; auxiliares de enfermería; enfermería.

Riscos ocupacionais existentes no trabalho dos enfermeiros que atuam na rede básica de atenção à saúde do município de Volta Redonda-RJ

“…Entretanto, os Enfermeiros parecem entender que são vulneráveis aos fatores de risco presentes nos ambientes de trabalho haja visto os estudos de Rezende et al (2009); Mauro et al (2004); Secco (2006); Sarquis e Felli 2002 A associação de risco como sendo a de um mal para as pessoas e, por isso, tem que acabar, termina sendo uma tentativa de controlar os riscos, visando a proteção contra as ameaças à vida humana.…”

“…As situações de adoecimento têm sido estudadas por vários autores, como: Bulhões (1994); Takeda, (1996); Rezende et al (2009). E, ainda, por Farias e Zeitoune, (2005) e Secco (2006), entre outros.…”

“…Há que se considerar ainda que, em geral, realizam suas atividades laborativas em mais de um emprego, o que aumenta a possibilidade de adoecimentos e acidentes. Essas situações, acompanhadas de desconhecimento sobre os agentes de riscos ocupacionais, culminam com a exposição exarcebada aos riscos presentes no ambiente de trabalho (REZENDE et al 2009).…”

“…Contudo, estudos ainda mostram que muitos destes trabalhadores ainda desconhecem os riscos aos quais se submetem no trabalho MUROFUSE, 2001;MAURO, 2004;XELEGATI et al, 2006;REZENDE et al, 2009).…”

“…É importante a atenção ao ambiente de trabalho; este precisa ser visto também como causador de medo e estresse, visto que na relação com o paciente o profissional precisa ter preparo e dedicação e, muitas vezes, como resultado deste trabalho, relata estar acometido de cansaço mental, Esta condição é descrita como: "sensação de estar sempre cansado, mesmo após horas de sono, sem grandes perspectivas em relação ao trabalho e vida pessoal, a sensação de que não há muito a se fazer pelo paciente, às vezes alheios, querendo se desligar do ambiente, principalmente quando tumultuado e barulhento, de que a atividade não tem fim"(MELLO, 1998). O processo de trabalho da Enfermagem na área hospitalar tem sido estudado com frequência(REZENDE et al, 2009;TEIXEIRA;MANTOVANI, 2009;SARQUIS;FELLI, 2002;BENATTI, 2001) enquanto que na área de atenção básica ainda são escassas as pesquisas. No entanto o número de profissionais neste campo de atuação é cada vez maior, pois, tem como carro chefe, a estratégia de saúde da família (ESF).Analisar os riscos presentes nas atividades realizadas pelos trabalhadores que labutam nos Programas de Saúde da Família (PSF) é relevante, para que se possa identificar a relação entre o processo de trabalho e os danos que este pode provocar a integridade física e mental do trabalhador e, assim permitir a realização de trabalho seguro.…”