ResumoEste estudo analisa a comunicação não-verbal de pessoas portadoras de ostomia, por câncer de intestino, integrantes de um grupo. É uma investigação de tipo exploratório, observacional, realizada com 5 pessoas portadoras de ostomias num hospital escola, durante 5 encontros de outubro a novembro de 2001. Os dados foram coletados através de filmagem e registro de diário de campo. Dentre os achados, destacamos que a sala onde ocorreram os encontros era pequena, obrigando os participantes a manterem uma distância íntima, o que provocou distorções na expressão espontânea das pessoas. O Estudo esclarece que a leitura da comunicação não-verbal possibilitou compreender o universo dos sujeitos pesquisados. Descritores: comunicação-não-verbal; grupo social; neoplasia colorretal cólon e reto apresentaria 4,10/ 100.000, sendo o terceiro como causa de morte, precedidos do câncer da mama feminina (10,25/100.000), que se mantêm como a primeira causa de morte por câncer entre as mulheres, e pelo câncer de pulmão (5,29/100.000) (1) . Ressalta-se que dois terços dos afetados por câncer de colon e reto possuem mais de 50 anos. O processo de reabilitação visa proporcionar a continuidade do tratamento, desenvolver a capacidade de aprendizado e autocuidado, contribuir para o retorno da pessoa às suas atividades, facilitando o ajuste ao novo estilo de vida junto à família e comunidade, numa atitude recíproca (2) . Num recente trabalho sobre a identificação das modificações relatadas por ostomizados ao conviverem com uma ostomia definitiva, observou-se, em dois serviços distintos, porém com uma população semelhante, o relato das seguintes modificações. Na Policlínica II, no âmbito pessoal (68%) seguidas de modificações sociais (52%), profissionais (40%) e familiares (32%) e no Hospital da Clínicas da Unicamp, 80% nos aspectos pessoais, 53% pelas alterações sociais, 53% profissionais e apenas 7% familiares. Dentre as modificações pessoais perda de controle das eliminações, modificações quanto à higiene pessoal e alterações no relacionamento sexual, restrições às atividades de lazer e interação social (3) . A enfermeira pode auxiliar no melhor enfrentamento frente aos ajustes designados pela doença e o tratamento (4) . Os grupos de suporte têm sido estabelecidos para facilitar a adaptação das pessoas à nova condição de saúde vivida (5) . As pessoas com melhor suporte possuíam escores de qualidade de vida significativamente mais altos em relação aos indivíduos de suporte baixo (6) . No Brasil observa-se uma multiplicidade de abordagens, com vistas a oferecer suporte educativo e emocional à clientela (7,8,9) , considerando que alguns fatores terapêuticos estão contemplados em abordagens grupais (8) . Uma das autoras do presente estudo realizou experiência de dois anos junto a mulheres em tratamento para o câncer de mama, em processo grupal, num Hospital de referência, numa ação integrada com o serviço de Psiquiatria e Psicologia (10) , confirmando que o coordenador enfermeiro pode oferecer informações sobre cuidados em saúde que podem...