Representações do feio na literatura infantil contemporânea

Abstract

O presente artigo apresenta uma discussão sobre a representação do feio em livros infantis alinhados com concepções multiculturalistas sobre a diferença. Para tanto, são analisados oito livros brasileiros escritos entre 2008 e 2010. Tomando como fundamento teórico o vasto campo dos Estudos Culturais, o texto prioriza a apresentação da teoria estética de Tomás de Aquino como exemplo de sistema teórico-conceitual que, embora situado historicamente, continua atuando sobre a produção de identidades e subjetividades até os dias de hoje. Uma das principais conclusões é que o multiculturalismo está atuando fortemente sobre a forma como são representadas as diferenças em livros infantis contemporâneos.

Representação Corporal Entre Jovens Universitários: Beleza, Saúde E Insatisfação Na Vivência De Um Corpo-Vitrine

“…Essas representações estão compatíveis com as personagens bruxas dos contos de fada tradicionais, que apresentam características de deformidade corporal associadas à maldade, crueldade (Kirchof, & Bonin, 2013).…”

“…Atribuir feiúra ao outro ou perceber-se feio, num cenário de lipofobia é revelador das profundas mudanças sociais que marcam a forma de lidar com o corpo (Novaes et al, 2003) pautada em normas, valores e padrões da sociedade de consumo em que o indivíduo está inserido (Camargo, Goetz, Bousfield, & Justo, 2011). A definição do que é belo ou feio gira em torno de conceitos como totalidade, organicidade, unidade, integridade a partir de uma construção cultural baseada na valorização de certos traços tidos como esteticamente aprazíveis ou não, construídos dentro de sistemas de representação (Kirchof, & Bonin, 2013).…”

Percepções De Crianças Sobre Padrões De Beleza

“…The division of children into two genders was made with the aim of investigating whether female children are the most affected by the overvaluation of beauty, as indicated by the literature about the subject (Carvalho & Serpa, 2014;Cechin & Silva, 2012;Kirchof & Bonin, 2013;Roveri & Soares, 2011;Silveira Netto, Brei, & Flores-Pereira, 2010;Simili & Souza, 2015;Xavier Filha, 2016). In view of the large number of subjects surveyed, the school proved to be the most convenient place, in addition to the fact that children are already familiar with interacting with several adults (Delval, 2002).…”