Repercussões oxi-hemodinâmicas da lateralização de pacientes até 72 h após síndrome coronariana aguda: ensaio clínico

Abstract

Objetivo: analisar o impacto dos posicionamentos dorsal, lateral esquerdo e lateral direito de pacientes com síndrome coronariana aguda sobre variáveis oxi-hemodinâmicas. Método: Ensaio clínico randomizado, não controlado, unicego, realizado na Unidade Coronariana de um hospital da rede privada em Niterói, Brasil. Foi analisado o impacto do posicionamento nos decúbitos dorsal, lateral esquerdo e lateral direito sobre as seguintes variáveis: frequência cardíaca, volume sistólico, índice cardíaco, pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica, pressão arterial média, índice de trabalho cardíaco, contração ventricular máxima e consumo de O2, mensuradas por meio de um aparelho de cardiografia por impedância. A randomização do decúbito lateral inicial foi realizada com auxílio de uma planilha eletrônica. Amostra de conveniência composta por 16 voluntários consecutivamente recrutados. Para a comparação das médias, procederam-se as análises de variância (ANOVA) e teste t-Student para amostras pareadas, com nível de significância pré-estabelecido de 5%. Resultados: Amostra majoritariamente masculina, com idade média de 67±11 anos, não etilista e não tabagista. A pressão arterial sistólica apresentou queda significativa em decúbito lateral direito e em dorsal (p < 0,01), não se refletindo em alterações na pressão arterial média. As demais variáveis apresentaram oscilações perceptíveis em decúbito lateral esquerdo, sem significância estatística. Conclusão: A mudança de posicionamento em pacientes com síndrome coronariana, hemodinamicamente estáveis é segura e não gera impacto deletério sobre as variáveis oxi-hemodinâmicas. Há de se considerar as repercussões clínicas em ocorridas em decúbito lateral esquerdo para subsídio na tomada de decisão na prática clínica.

Padrão oxihemodinâmico não-invasivo durante o banho no leito de pacientes com infarto agudo do miocárdio: Ensaio clínico

“…Nesse contexto, a instabilidade hemodinâmica pode ocorrer em inúmeros casos, implicando em complicações como hipotensão ortostática, aumento do esforço cardíaco, formação de trombos, insuficiência de tônus vascular, disfunção cardiovascular ou diminuição das reservas de oxigênio, gerando uma situação em que qualquer esforço ou atividade assistencial poderá sobrecarregar o miocárdio. Estas alterações podem ser explicadas pelo tempo prolongado de imobilidade no leito, tendo em vista a ocorrência de diversas adaptações fisiológicas a fim de manter a homeostase cardiovascular (Silva et al, 2020;Tod Brindle et al, 2013). Ressalta-se, entretanto, que não foi demonstrado impacto deletério da mudança de decúbito de pacientes estáveis sobre variáveis oxi-hemodinâmicas, sendo considerada uma intervenção segura (Silva et al, 2020).…”

“…Estas alterações podem ser explicadas pelo tempo prolongado de imobilidade no leito, tendo em vista a ocorrência de diversas adaptações fisiológicas a fim de manter a homeostase cardiovascular (Silva et al, 2020;Tod Brindle et al, 2013). Ressalta-se, entretanto, que não foi demonstrado impacto deletério da mudança de decúbito de pacientes estáveis sobre variáveis oxi-hemodinâmicas, sendo considerada uma intervenção segura (Silva et al, 2020).…”