A partir do cruzamento de Cucumis anguria x Cucumis longipes obtiveram-se, com ciclos de seleção massal intercalados a ciclos de endogamia, linhagens de maxixe que diferem do tipo comum pelas suas características de ausência de espiculosidade, tamanho de fruto e formato de folha não lobulada, semelhante ao pepino. Dez dessas linhagens, eleitas como elites e denominadas maxixe paulista, foram avaliadas quanto ao comportamento e produção de frutos, no sistema de cultivo com cobertura de polietileno e fertirrigação. O maxixe comum foi utilizado como testemunha. As mudas foram obtidas em bandejas de poliestireno expandido e depois transplantadas para linha central de canteiros cobertos com polietileno preto, adotando-se espaçamento de 1,0 m entre plantas. As plantas foram conduzidas de modo rasteiro, com fertirrigação por gotejamento. O delineamento experimental foi blocos ao acaso, com quatro repetições e parcela de seis plantas. As linhagens de maxixe paulista apresentaram peso médio de fruto de 66,20 g, sendo, em média, 80% maior que o tipo comum, que apresentou peso de 36,68 g. O cultivo em canteiros com cobertura de polietileno e fertirrigação por gotejamento proporcionou produtividade estimada de 51,89 t ha-1 para o maxixe comum, sendo que não houve diferença entre as linhagens e o comum em termos de produtividade.