Relações mãe-filho no contexto da prematuridade e a importância da enfermagem neonatal: revisão integrativa

Abstract

Objetivo: identificar na literatura científica sentimentos e percepções evidenciados por mães de filhos prematuros internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal acerca das interações com a equipe de enfermagem. Método: revisão integrativa realizada em novembro de 2020. Captaram-se estudos publicados integralmente entre 2015 - 2020, indexados nas bases de dados MEDLINE, LILACS e BDENF, em português e inglês, submetidos à síntese qualitativa. Resultados: foram selecionados 14 artigos publicados em revistas nacionais e internacionais. A análise dos resultados, de forma descritiva, constituiu três categorias temáticas: Sentimentos ambíguos e dificuldades para concretizar a maternidade; Método canguru como estratégia significativa para vinculação afetiva mãe-filho e Acolhimento da equipe de enfermagem às famílias. Conclusão: O cuidado de enfermagem baseado na compreensão do outro, interação social, acolhimento e partilha das angústias das mães que têm seus recém-nascidos internados na nidade de Terapia Intensiva Neonatal mostra a relevância de ações que promovam o vínculo afetivo entre mães e filhos.

Representações sociais maternas sobre a comunicação do estado de saúde dos filhos na Unidade Neonatal

“…Com a inclusão familiar, o vínculo afetivo entre pais, mães e filhos é construído gradativamente. Quando os pais estabelecem o vínculo afetivo precocemente, tendem a construir relações sociais com mais facilidade, transmitem confiança ao filho, estreitam laços que diminuem a percepção de incapacidade parental (Szewczyk et al, 2021).…”

“…A representação do discurso da E8 revela que além da angústia, com a notícia da internação, houve outra representação, a de alívio, em consequência da transferência intra-hospitalar. A necessidade de transferência e internação na UTIN leva a outra reorganização familiar, na qual os profissionais da nova unidade devem, também, promover esse encontro, encorajando os pais a participarem dos cuidados (Szewczyk et al, 2021).…”

“…Relacionando-se à equipe de enfermagem, essa deve assumir um leque de atribuições e responsabilidades com capacidades essenciais para avaliar, entender e apoiar o RN e sua família, favorecendo ao estabelecimento do vínculo afetivo (Mathiolli et al, 2021;Miranda et al, 2021;Szewczyk 2021).…”