Relações Entre Alimentação, Obesidade, Perda De Peso E Consumo Em Revistas Femininas

Abstract

1226possível, fácil e simples que eu "Viva mais!". Uma vez presa dessa teia de significados, consome-se Mais! e por muito Mais! tempo. Palavras-chave:Obesidade. Cultura. Magazines. Mulher. Consumo. Nutrição. Alimentos, Dieta e Nutrição. AbstractObjective: To understand sense and meanings that are present in the intricate tangle of messages about eating, obesity and weight loss in magazines targeted at lower class women who have risen to the status of consumers in Brazilian society. Methodology: Data were collected from the magazines VIVA! Mais ("Live longer") and "Sou Mais Eu!" ("I like myself better"), published on a weekly basis in the year 2014. Emphasis was placed on the sections that deal with dieting for weight loss purposes. Results and Discussion: nutritional rationality has been found to underlie processes of medicalization of eating and pharmacologization of food through experiments that, based on scientific legitimacy, disseminate products which are similar to pharmaceutical drugs in articles and advertisements. Self-control for the sake of having a lean body is encouraged by values and moral judgments that lead individuals to blame themselves. Oriented towards building happiness that can be purchased in the market, the media continue to invest in the construction of new consumer codes. In their daily lives, individuals surrounded by big pharmaceutical corporations, food manufacturers and editorials have to face relationships of power and judgments in a kind of moral obligation to be happy. Conclusions: Driven to rely solely on their own forces, individuals continue along a civilizing process in currently modern times. In the relationships between eating, obesity, weight loss and consumption, materialized in this lucrative editing world of magazines that seek to reach the poorest women, "I like myself better" is perfectly possible, easier and more simple than "Live longer! ". Once trapped in this web of meanings, individuals consume more and for much longer.

A mãe e o processo alimentar da criança

“…Note-se, contudo, que percepções, sensações, pretensões, desejos e sentimentos maternos não ganham tanta luminosidade nas orientações técnicas e, assim, não determinam nem sua estrutura nem seus conteúdos, apesar de determinarem, nesta vez, o desempenho da mãe na posição de alimentadora (PRADO et al, 2017). E determinam de modo quase decisivo, uma vez que apresentam modelos de comportamento no ato da mamada, sobretudo no ensinamento das atitudes adequadas para a pega do seio que, se não for exitosa, supostamente será por motivos principalmente ligados à mãe (BARBOSA et al, 2017).…”

Alimentação e saúde: a fundamentação científica do guia alimentar para a população brasileira

“…Estudos que avaliaram revistas de grande circulação, direcionadas a adultos do gênero feminino de diferentes faixas de renda, verificaram que conteúdos sobre alimentação, nutrição, saúde, obesidade e perda de peso são muito frequentes e, embora tentem se apoiar na legitimidade científica e se respaldar em profissionais de saúde, divergem de importantes evidências e recomendações da área. Nessas revistas, a abordagem dada à alimentação é muitas vezes reduzida à indicação de nutrientes e dietas para perda de peso ou à divulgação de produtos que se propõem a promover um emagrecimento espetacular, fácil e rápido (TEO, 2010;PRADO et al, 2016). Um dos estudos observou, em uma das revistas analisadas, receitas de doces sem carboidrato que poderiam compor uma dieta com restrição energética.…”

“…Um dos estudos observou, em uma das revistas analisadas, receitas de doces sem carboidrato que poderiam compor uma dieta com restrição energética. No entanto, ao analisar as receitas, elas tinham em sua composição farelo de trigo, farelo de aveia ou amido de milho, que são fontes de carboidrato (PRADO et al, 2016). Além do fato de carboidratos serem nutrientes importantes e fazerem parte de uma alimentação saudável, tal informação engana e confunde o leitor.…”

“Quando tem como comer, a gente come”: fontes de informações sobre alimentação na gestação e as escolhas alimentares

“…Destaca-se a importância de repensar em que contexto o ganho excessivo de peso ocorreu, a problematização de mudanças no padrão alimentar e de que forma estas interferem nas relações e se fazem presentes no discurso do indivíduo. Até porque, há ainda uma forte presença de discursos vindos dos profissionais de saúde que reduzem a alimentação, incorporando a ideia de dieta como prescrição, descontextualizada dos desejos e vivências dos indivíduos e que mostram surtir poucas mudanças corporais e comportamentais positivas (PRADO et al, 2017).…”