O desenvolvimento de qualquer ser humano pode ser concebido de forma intercontextual. Durante sua existência ele atravessa, mormente, dois inquestionáveis contextos de desenvolvimento: a família e a escola. Compreender como essas agências atuam, separadas e interconectadas, nesse processo de vir-a-ser do indivíduo é fundante para deseclipsar o assunto. A relação entre elas passa a ser o foco. Este artigo, de natureza teórica, apresenta um estudo não exaustivo da relação família-escola. A partir da revisão bibliográfica como metodologia, que inclui resultados de pesquisas nacionais e estrangeiras, o autor transita na temática descrevendo as principais contribuições das investigações. Concluiu-se que a relação família-escola, tomada como imprescindível ao desenvolvimento dos sujeitos, é carregada de ambivalências, conflitos, assimetrias, contradições, mas também de cooperação, de parceria e de complementaridade de ações, a depender de como se dá o jogo inter-relacional entre os envolvidos e a presença de fatores socioculturais diversos.