Reforma Psiquiátrica e a Dependência Brasileira: entre o arcaico e o moderno

Abstract

Resumo No presente estudo, foram realizadas algumas aproximações da Política de Saúde Mental, como pressuposto da Reforma Psiquiátrica Brasileira (RPB), à luz da Teoria Marxista da Dependência (TMD), com o objetivo de analisar as implicações assistenciais e epidemiológicas desse movimento atrelado à totalidade do processo de acumulação capitalista. Com este intuito, foi abordado do ponto de vista histórico-descritivo os dados de saúde mental na cidade de São Paulo entre 2008 e 2017, promovendo uma análise qualitativa por meio do materialismo histórico-dialético. Demonstrou-se que a RPB é incompleta e hibridiza com diferentes perspectivas de saúde, o que foi constatado pela permanência de características asilares (o arcaico) em conjunto com serviços de caráter substitutivo (o moderno). Dessa maneira, explicita-se a contradição entre dependência e a constituição de uma política social em uma das principais cidades da periferia da economia mundial.

Atenção primária à saúde no Brasil: resultados, avanços e desafios

“…Quanto ao método adotado nos estudos, sete (07) foram do tipo transversal (ALMEIDA, 2017;BISPO, 2020;CONDESSA , 2020;, sete (07) do tipo descritivo (MARQUES, 2018;MARTINS, 2018;MARTINS ,2016;MENEZES , 2018;NEVES, 2019;PAGLIUCA, 2017;PESSALACIA, 2015), seis (06) do tipo transversal-descritivo (CATANTE, 2017;FIGUEIREDO, 2020;FRANÇA, 2016;MARTINS, 2018;RIBEIRO, 2015; e um (01) do tipo pesquisa de avaliação terceira geração (GIRÃO, 2016). A investigação se baseou no nível de acessibilidade da população à atenção básica no Brasil, destacando seus avanços e falhas no processo de acesso ao serviço de saúde primária.…”

“…A acessibilidade é um indicador efetivo de qualidade, visto que a ausência dela pode resultar em aumento dos gastos públicos e redução da qualidade de vida. Este estudo analisou o cenário do País nos últimos cinco anos e verificou que o acesso ainda se apresenta como um entrave que perpassa por barreiras físicas, funcionais, políticas, estruturais e organizacionais (FIGUEIREDO, 2020). Os profissionais entendem o acolhimento como porta de entrada, mas estudo realizado no Nordeste apresentou que 38,6% avaliam, negativamente, a forma como este é executado, referindo falta de humanização e de adequação entre oferta e demanda do serviço.…”

Serviço social: estudos da sociedade - Volume 2

“…Acerca da Reforma Psiquiátrica, Alves et al (2020) afirmam que esse processo acontece num contexto internacional e tem por intuito propor mudanças, em especial, na superação da violência asilar, com amplo envolvimento dos Trabalhadores de Saúde Mental (MTSM), que discordavam das políticas de assistência psiquiátrica da década de 1970, denunciando a violência dos mercantilização da loucura, colaborando para a construção coletiva de crítica a assistência, às pessoas com transtornos mentais, que na época estava baseada no asilamento dos usuários em hospitais psiquiátricos.…”

Estimulando o autocuidado fundamentado na teoria de Dorothea Orem à clientes de um hospital psiquiátrico

“…Nesse sentido, há um problema crônico na construção dos direitos para a população acometida por transtornos psíquicos que foi reduzido por meio do movimento da reforma psiquiátrica. Contudo, ainda hoje, as políticas públicas não extinguem a negação dos direitos fundamentais e de saúde dos pacientes psiquiátricos (Santos et al, 2018;Alves et al, 2020). Isso se materializa por meio do cuidado com ausência de autonomia quando pacientes psiquiátricos são institucionalizados em seus momentos de crise.…”