2008
DOI: 10.1590/s0104-71832008000100012
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Reflexões sobre a arte "primitiva": o caso do Musée Branly

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“…Este é o caso de objetos que logo foram percebidos como símbolos identitários de resistência ou insígnias de poder, como os mantos de plumas dos chefes e xamãs tupinambás (Borges & Botelho, 2010). O mesmo se observa na musealização de objetos em coleções europeias, onde, muitas vezes, foram (e continuam) expostos tais quais troféus de guerra, reforçando o fetichismo ao exótico, o esvaziamento dos significados simbólicos originais, (re)colocando a produção destas sociedades em um lugar inferior ou hermeticamente primitivo (Price, 1989;Lagrou, 2008;Goldstein, 2008;Du Crest, 2010), entre outros.…”
Section: Arqueologia Agência E Arteunclassified
“…Este é o caso de objetos que logo foram percebidos como símbolos identitários de resistência ou insígnias de poder, como os mantos de plumas dos chefes e xamãs tupinambás (Borges & Botelho, 2010). O mesmo se observa na musealização de objetos em coleções europeias, onde, muitas vezes, foram (e continuam) expostos tais quais troféus de guerra, reforçando o fetichismo ao exótico, o esvaziamento dos significados simbólicos originais, (re)colocando a produção destas sociedades em um lugar inferior ou hermeticamente primitivo (Price, 1989;Lagrou, 2008;Goldstein, 2008;Du Crest, 2010), entre outros.…”
Section: Arqueologia Agência E Arteunclassified
“…Ao longo do século XX, a antropologia e a etnografia passaram por mudanças que a desvincularam da ideia biologicista evolucionista comum ao século XX. Desta forma e como consequência, intelectuais promovem uma nova museologia que visava compreender o outro ao invés de hierarquizá-lo, tendo como intenção principal afirmar que tratar bens não ocidentais como arte e cultura era sim (GOLDSTEIN, 2008 A crítica negativa que antropólogos fizeram ao evento referia-se à ênfase excessiva nas afinidades formais, que acabavam por encobrir desigualdades culturais e políticas (cf. Price, 2000, p. 11).…”
Section: Patrimônio Africano E Preservaçãounclassified
“…A influência dos três permitiu que parte do acervo de dois antigos museus franceses Musée de L'Homme e também do Musée National des Arts d'Afrique et d'Océanie fosse transferida a ele. A exposição permanente está dividida em três unidades: América, Ásia, África & Oceania (GOLDSTEIN, 2008) Em outras palavras, não estava claro se a preocupação pela preservação da cultura material não-ocidental se dava de fato por uma busca de acesso e reconhecimento destas outras culturas, colaborando pela elaboração de uma identidade positiva acerca de seus autores, ou simplesmente, respondia a uma demanda das classes intelectualizadas europeias de possuir o "primitivo" como pilar de um status social, o qual não se queria abrir mão com o fortalecimento da atuação política e social destas sociedades não-europeias, adensado durante o último século. Este fator, inclusive, seria responsável por uma mercantilização das produções de tais obras, gerando, em consequência, a caricaturização e o congelamento do que se compreenderia sobre arte não-ocidental, levando o que Appiah citado por Goldstein (APPIAH, 1997, p. 207 apud GOLDSTEIN, 2008), defende como sendo uma "fabricação artificial do outro".…”
Section: Patrimônio Africano E Preservaçãounclassified
“…Neste caso, pode-se falar de uma dupla relação patrimonial: é patrimônio da (e pela) cultura produtora e é patrimônio da (e pela) cultura receptora. 3 Para uma discussão sobre a relação entre objetos, museus e exposições etnográficas, ver, por exemplo, ReginaAbreu (2008) eGoldstein (2008).…”
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