Psicologia Escolar E Automutilação Na Adolescência: Relato De Uma Intervenção

Abstract

RESUMO Este relato de prática profissional apresenta oficinas denominadas de “pensar e agir em cena” realizadas em escola pública do Distrito Federal com adolescentes estudantes do Ensino Fundamental II, com queixas de automutilação. Tendo como referencial norteador a psicanálise, os resultados mostram a necessidade de se criar na escola espaços de circulação de fala com e entre os adolescentes. Esse texto ainda salienta que o psicólogo escolar pode auxiliar na condução de atividades que reafirmem a necessidade de conceder voz aos adolescentes no espaço escolar e a urgência de uma política inclusiva voltada para os nossos jovens.

O saber escolar na garantia de direitos de crianças e adolescentes em tempos de COVID-19

“…É possível observar nos últimos anos um aumento de casos de conflitos escolares e expressão de sintomas sociais na escola, como automutilação, bullying, assassinatos em escolas, assim como casos de judicialização de conflitos escolares. (Chrispino, 2007, Goethel, Polido, Fonseca, 2020, Santos, Pulino & Ribeiro, 2021. A partir dessa realidade, o psicólogo escolar e educacional precisa estabelecer a sua presença e atuação considerando as necessidades e realidades sociais apresentadas pelos estudantes e professores, as condições estruturais da escola, a situação da formação de professores, objetivando a defesa de valores humanos, a garantia de direitos sociais, a diminuição das desigualdades dentro da escola, pela construção de uma escola de "qualidade social" (Souza, Silva & Facci, 2019).…”