Provocações Pós-Coloniais À Formação Em Psicologia

Abstract

RESUMO Tendo como referência os estudos pós-coloniais e suas críticas ao norte-centrismo, sexismo e racismo na produção científica, buscamos nesse artigo apresentar a experiência da oficina Racismo, Sexismo, Epistemicídios e os saberes Psi, que aconteceu durante a XXVI Semana de Psicologia da Universidade Federal do Ceará. Nesse contexto, promovemos o debate sobre como o eurocentrismo epistêmico, o racismo e o sexismo produzem efeitos no campo de saber da Psicologia e discutimos com estudantes de graduação e pós-graduação estratégias de resistência cientificamente engajadas no enfrentamento das injustiças sociais. Na medida em que questionamos a objetividade, neutralidade e universalidade da ciência, também colocamos em discussão a naturalização da desigualdade e exclusão social. O exercício de decolonialidade proposto na oficina teve uma dimensão de provocação denunciativa das violências epistêmicas que nos constituem e imaginativa das transformações que temos de realizar para acolher a diversidade epistêmica em um mundo pluriversal.

Decoloniality of knowledge: Scientific dissemination of indigenous women productions

“…Now, assuming a new position as academics, these women claim the production of knowledge for themselves. The discussion will provoke a reflection on the coloniality of knowledge, in other words, the production of Eurocentric knowledge that strengthens works of men approved by the colonizer (Menezes, Lins -Sampaio 2019). We will base ourselves on the concept of "decolonisation" as discussed by Frantz Fanon (1961), a Martinican psychiatrist and political philosopher who revolutionized postcolonial studies.…”

Intersectionalities and Old Age: Ageism in the Crossroads of Race, Gender, and Age

“…Threats and violations regarding the rights to the body and sexuality, race/ethnicity-linked religious expression, and gender, as well as ageism, are made invisible in society. This happened, often, with scientific support from developmental psychology that wants to call itself neutral but that, while discussing the findings that it describes, reproduces sexist interpretations and, by not discussing racism as a problem, cooperates with its maintenance, which has been changing due to critical approaches (Nunes, 2019;Menezes et al, 2019, Burman, 2016Kessi, 2019). Moreover, the reading of the developmental processes as being predominantly biological is related to the pathologization and individualization of issues that are also due to the construction of ways to relate with the body.…”