Produtividade de cultivares de alface em função da idade de colheita no semiárido Potiguar, Brasil

Abstract

No Nordeste brasileiro, o cultivo da alface restringe-se a pequenas áreas, com a utilização de cultivares pouco adaptadas às condições climáticas da região, dessa forma, ocorre o florescimento precoce e baixa produtividade. Diante disso, a pesquisa foi realizada objetivando-se avaliar as respostas agronômicas de cultivares de alface em função da idade de colheita, quando cultivadas em condições semiáridas. O experimento foi conduzido em campo, entre os meses de outubro de 2013 e janeiro de 2014, em Mossoró, Rio Grande do Norte. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, arranjados em parcelas subdivididas, com quatro repetições. As parcelas consistiram em cinco idades de colheita (20, 25, 30, 35 e 40 dias após o transplantio – DAT), enquanto as subparcelas corresponderam a seis cultivares de alface dos grupos: Lisa (Babá de Verão, Lívia e Aurélia) e Crespa (Jullie, Elba e Maravilha 4 Estações). Foram avaliadas as características: altura e diâmetro de plantas, número de folhas por planta, produtividades total e comercial, e massa seca da parte aérea. A cultivar Babá de Verão é a mais produtiva dentre as cultivares de alface do grupo Lisa e a Jullie dentre as Crespas. A cultivar de alface Aurélia, do grupo Lisa, é a menos produtiva em relação as demais estudadas. A idade de colheita ideal à máxima produtividade comercial foi aos 30 DAT para todas as cultivares de alface.

Agronomic characteristics and quality of lettuce cultivars in different crop seasons in western Alagoas, Brazil

“…The number of leaves varied between 14.65 and 27.60 leaves per plant; Baba-de-Verão (Lisa) had larger number than the other Crespa cultivars, which did not significantly differ from each other (Table 2). These results are consistent with those found by Souza et al (2018), who evaluated lettuce cultivars with different ages at harvest during the springsummer in Mossoró, RN, Brazil (Semiarid region) and found 32.92, 31.60, and 32.17 leaves per plant for Lisa lettuce cultivars (Baba-de-Verão, Livia, and Aurelia), respectively, at 30 DAT, with larger numbers than the Crespa cultivars.…”

“…Baba-de-Verão presented a similar fresh matter yield to those of the cultivars Elba (19.81 Mg ha -1 ), Mônica (20.04 Mg ha -1 ), Solaris (20.72 Mg ha -1 ), and Veneranda (19.34 Mg ha -1 ). Similarly, Souza et al (2018) found 28.08 Mg ha -1 for Babade-Verão when harvested at 35 DAT in Mossoró, which differed from the cultivars Livia (23.38 Mg ha -1 ), Aurelia (20.12 Mg ha -1 ), Jullie (23.22 Mg ha -1 ), Elba (23.16 Mg ha -1 ), and Maravilha 4 Estações (22.80 Mg ha -1 ). The higher yield of Baba-de-Verão may be connected to its adaptability to the high temperature of the region (SOUZA et al, 2018).…”

“…The use of little adapted cultivars is the main responsible for low production and quality (GUIMARÃES et al, 2016). The use of cultivars adapted to regional conditions and the use of practices that focus on reducing the effects of high temperatures and light incidence can increase the yield of vegetables (SILVA et al, 2015;YURI et al, 2017;SOUZA et al, 2018;SILVA et al, 2019b). One of the challenges for lettuce production in the Semiarid region of Brazil is to know which cultivars present better yield and low susceptibility to early tasseling (MAGALHÃES et al, 2015).…”

“…However, little information is found on the performance of lettuce cultivars in the Semiarid region of the Northeast of Brazil, and few lettuce cultivars are recommended for growing under high temperature and light incidence conditions, as in western Alagoas. The planting of little adapted lettuce cultivars has made growers to harvest small plants with low commercial value or tasseled, which present a bitter flavor (SOUZA et al, 2018).…”

EFICÁCIA DE COMBINAÇÕES DE ESTROBIRULINAS E TRIAZÓIS SOBRE COMPLEXOS DE DOENÇAS E PRODUTIVIDADE DA SOJA (Glycine max)

“…Ela é originada da região do mediterrâneo, onde predomina o clima temperado, por isso é bastante sensível à luminosidade e temperatura elevada, faixas acima de 20°C promovem o aparecimento de distúrbios fisiológicos (SOUZA et al, 2018). Diante disso, é fundamental que se faça uma escolha adequada da cultivar de alface que será cultivada em função do clima.…”