Produtividade de alface e rabanete em cultivo consorciado estabelecido em diferentes épocas e espaçamentos entre linhas

Abstract

O trabalho foi conduzido na UNESP, Jaboticabal-SP, de maio a agosto de 2001, com objetivo de avaliar a produtividade de alface e rabanete em função do espaçamento e da época de estabelecimento do consórcio. Os 14 tratamentos foram avaliados em blocos ao acaso, com quatro repetições e parcelas de 20 plantas, sendo resultado da combinação dos fatores espaçamento entre linhas da alface (0,3 e 0,4 m), sistemas de cultivo (consórcio e monocultivo) e época de semeadura do rabanete (0; 7 e 14 dias após o transplantio da alface). As cultivares utilizadas foram Tainá (alface) e Crimson Gigante (rabanete). Devido ao estande mais elevado, a produtividade do rabanete em monocultivo foi superior à melhor produtividade obtida em consórcio. Porém, quando se avaliou a produtividade em g m-1, o melhor resultado (518,8 g m-1) foi observado em cultivo consorciado com semeadura do rabanete 14 dias após o transplantio de alface (DAT), sendo significativamente superior à produtividade obtida no monocultivo. Observou-se ainda incremento significativo na produtividade de raízes comerciais de rabanete à medida em que se atrasou o estabelecimento do consórcio. O espaçamento da alface não influenciou significativamente a massa fresca da parte aérea (MFPA) das plantas das laterais do canteiro. Entretanto, houve redução significativa na MFPA das plantas internas ao canteiro quando o espaçamento entre linhas foi reduzido de 0,40 (460,3 g) para 0,30 m (321,1 g). A MFPA de plantas de alface cultivadas em consórcio e situadas nas duas linhas centrais do canteiro (MFPAIn = 434,9 g) não diferiu significativamente da obtida em monocultivo (542,9 g) quando as culturas foram implantadas na mesma data. O mesmo foi observado para plantas situadas nas laterais do canteiro (MFPAEx = 529,2 g), quando o consórcio foi estabelecido até 7 DAT da alface. Em consórcios estabelecidos a partir desta época, a produção de alface foi sempre menor que em monocultivo. Independente do espaçamento entre linhas e do tempo de semeadura do rabanete em relação ao transplantio da alface, todos os índices de Uso Eficiente da Terra (UET) foram maiores que 1,0.

Effect of plant density on the growth, development and yield of brussels sprouts (Brassica oleracea L. var. gemmifera L.)

“…Also B i e s i a d a [5] found that a higher plant density had a significant favorable effect on the yield of kohlrabi, but decreased the mean bulb mass. F i l h o et al [33] found that decreasing the distance between rows from 40 to 30 cm caused a decrease in the mean mass of lettuce heads from 406.3 to 321.1 g. Furthermore, other studies confirmed that decreasing the area per plant contributed to a higher yield but to a lower mass and diameter of the edible part of plants [3][4][34][35][36][37][38]. This might be due to a less light reaching the plants [20,39].…”

Combinations of Coriander and Salad Rocket Cultivars in Bicropping Systems Intercropped With Carrot Cultivars

“…According to Cecílio Filho et al (2007), with LER values greater than 1, intercropping will favor the growth of the companion crops. This indicates that this cropping system more efficiently uses environmental resources.…”

Desempenho agronômico de consórcios entre rabanete e alface no Oeste goiano

“…Trabalhos realizados por outros autores, em ambientes diversos, com outras variedades, com arranjos e formas de cultivo diferentes, apontam um efeito positivo do consórcio rabanente-alface sobre a produção de alimentos por unidade de área (CECÍLIO FILHO e MAY, 2002;REZENDE et al, 2003;OLIVEIRA et al, 2004;REZENDE et al, 2005;CECÍLIO FILHO et al, 2007;GRACIANO et al, 2007;TAVELLA et al, 2011;SUGASTI et al, 2013). Portanto, o presente trabalho corrobora com os dados existentes na literatura.…”

“…Além disso, a consorciação contribui para a estabilidade da atividade rural, assegurando colheitas escalonadas e possibilitando renda adicional para o produtor. Deste modo, no cenário atual, em que se busca uma agricultura de menor impacto ambiental, o cultivo consorciado, ao otimizar o uso dos insumos, contribui para que olericultura, altamente demandante de recursos naturais e insumos agrícolas, seja praticada de forma mais sustentável (CECÍLIO FILHO et al, 2007).…”