Produtividade agrícola e mudanças socioculturais: a agricultura quilombola no Vale do Ribeira-SP Brasil

Abstract

O sistema agrícola itinerante (SAI), uma das formas mais antigas de agricultura, ainda é praticado pelas comunidades quilombolas do Vale do Ribeira-SP, mesmo que venha sendo parcialmente substituído pela agricultura permanente e comercial em monocultivo de pupunheira para palmito. Este artigo teve como objetivo avaliar a produtividade entre os diferentes sistemas de cultivo, discutindo os motivos e impactos desta transição e sua sustentabilidade, assim como os impactos econômicos para as comunidades. Na metodologia foram utilizados: itinerário técnico, entrevistas semiestruturadas, visitas a campo e cálculo do valor agregado líquido. Com relação à rentabilidade dos diferentes sistemas (itinerante e permanente) a agricultura permanente se mostrou mais eficiente em termos de renda e no uso do trabalho, do que o SAI. Entretanto, o SAI desempenha um papel não só de produção de alimentos, mas também como parte de um complexo de relações socioambientais.

Adoption of cleaner production in a pupunha palm heart factory: a systematic literature review and a case study

“…Besides, pupunha palm heart can be sold through simplified processing steps. So, the peach palm is a palm highly valued in Brazil because, in addition to providing alternatives for sustainable cultivation, it generates employment and income for small and medium-sized farmers (Ferreira et al, 1982;Ianovali et al, 2018).…”

“…According to Ianovali et al (2018), in the 1990s, quilombola farmers from Vale do Ribeira, a region located on the south coast of the São Paulo State-Brazil, started to extract the palm heart from the peach palm (Bactrisgasipaes Kunth), as the juçara (Euterpe Edulis Martius) became an endangered species. Several factories of pupunha palm heart processing were installed in the region, generating employment and income.…”

Influencing Factors of a Sustainable Vegetable Choice. The Romanian Consumers’ Case

“…Sanitation and sewage systems, common bathrooms, and irrigation systems were sustainably designed by following the natural laws of physics and without harming the natural environment [41]. Unfortunately, the ancient knowledge of environmental harmony [42,43] was replaced by economic principles of productivity [44]. This common use of natural goods has been later described as "the tragedy of the commons" [45,46] because of the human incapacity of sharing in the long term, hence the overuse of the natural resources [8,47,48], proceeded by an inequitable fight for the highest share [49,50] between the rich and the poor populations [51].…”

O sistema agrícola tradicional e a conservação da biodiversidade: o estudo de caso da comunidade quilombola Cedro, Barra do Turvo-SP

“…Iniciado há pelo menos 10.000 anos, o sistema agrícola desenvolvido pelas comunidades locais e tradicionais foi o principal modo de cultivo nas regiões tropicais até meados do século XX (BOSERUP, 1989;VAN VLIET et al, 2013;FAO, 2016;HARARI, 2017;IANOVALI et al, 2018;RIBEIRO FILHO et al, 2018), quando abrangia aproximadamente 60% das terras cultivadas em todo o planeta (ALTIERI, 1991). Atualmente, este sistema é responsável pela subsistência de 250 a 500 milhões de pessoas ao redor do mundo (FAO, 1998;PEDROSO JUNIOR, 2008).…”

“…O sistema agrícola sustentável desenvolvido por indígenas e pequenos agricultores familiares, o qual utiliza o cultivo rotativo das espécies, recebe diferentes denominações entre os pesquisadores, como sistema agrícola itinerante (SAI), roça de toco, agricultura de corte e queima (IANOVALI et al, 2018), coivara e capuava (ITESP, 2000;ANDRADE, TATTO, 2013). Os resultados obtidos em alguns destes estudos convergem na similaridade das características e técnicas de manejo empregadas nestes sistemas citados (PEDROSO JUNIOR et al, 2008;NEVES et al, 2012;IANOVALI et al, 2018).…”