Pressões respiratórias máximas na predição de risco pós-operatório em cirurgia cardíaca

Abstract

Introdução: As complicações pulmonares no pós-operatório de cirurgias cardíacas podem estar relacionadas à fraqueza muscular respiratória. Objetivos: Avaliar se os valores para as pressões respiratórias máximas podem ser preditores de complicação pulmonar pós-operatória e/ou maior permanência hospitalar em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. Métodos: Quatorze pacientes submetidos à cirurgia cardíaca foram avaliados no pré-operatório e divididos em dois grupos, A (pacientes com pressões respiratórias máximas ˂ 75% do predito) e B (pacientes com pressões respiratórias máximas ≥ a 75% do predito). Resultados: O grupo B apresentou um número menor de dias de internação hospitalar (p= 0,03). Verificaram-se 20% de incidência de complicação pulmonar no grupo A. Conclusões: Não foi possível inferir, na amostra avaliada, que a força muscular respiratória foi preditora de complicação pós-operatória. Entretanto, os pacientes com fraqueza muscular respiratória, diagnosticada previamente à cirurgia cardíaca, tenderam a permanecer internados por um período de tempo mais prolongado.

Nursing outcome “airway permeability” in postoperative patients

“…The changes that occur in pulmonary physiology can result in respiratory complications in the postoperative period, evidenced as one of the main problems that affect patients submitted to thoracoabdominal procedures (4) . The literature indicates that pulmonary complications affect approximately 10% to 40% of these patients, and the values vary according to the presence of risk factors (5) .…”

Atividade Física E Força Muscular Ventilatória De Idosos: Uma Metanálise

“…Quando a dinapenia acomete especificamente a musculatura ventilatória, sugere-se uma maior atenção a esta condição antes de uma cirurgia toraco-abdominal, uma vez que a fraqueza ventilatória está diretamente associada ao tempo de internação pós-operatório, que pode aumentar de 8,7±2,7 para 15,5 ± 8,3 dias, diferença percentual (Δ%) = 78,2 com P-valor (P) = 0,04 (GUEDES, BARBOSA e HOLANDA, 2009) e, consequentemente, elevar a incidência das complicações pós-operatórias em até 20% e também a um risco relativo de 5,5 (Intervalo de confiança = 2,19 -13,82) (BELLINETTI e THOMSON, 2006;OLIVEIRA et al, 2008), viabilizando, assim, as infecções respiratórias, sobretudo a pneumonia, que pode representar 35,8% dos óbitos totais por infecção hospitalar em idosos (GUIMARÃES et al, 2011). Ainda neste sentido, quando pacientes eleitos para cirurgia toraco-abdominal são submetidos ao treinamento pré-operatório específico da musculatura ventilatória, o incremento da força muscular advindo de seu desfecho antes da cirurgia poderá auxiliar na prevenção de morbidades e mortalidade pós-operatória (FELTRIM, JATENE e BERNARDO, 2007;DE MIRANDA, PADULLA e BORTOLATTO, 2011;FRANÇA et al, 2012).…”

Preoperative expiratory and inspiratory muscle weakness to predict postoperative outcomes in patients undergoing elective cardiac surgery

“…The preoperative identification of patients who are at increased risk due to respiratory muscle dysfunction can provide patients with additional important information about their prognostic and surgical risk. 9,10 Furthermore, since the evaluation of the respiratory muscle strength utilizes a low-cost device, it can be easily applied in clinical practice.…”

“…Few studies 5,6,10 have evaluated preoperative respiratory muscle strength as an independent risk factor for the duration of mechanical ventilation, length of stay in the ICU, the incidence of PPCs, and mortality. The objective of this study was to evaluate the association of preoperative inspiratory muscle weakness (IMW) and preoperative expiratory muscle weakness (EMW) with the duration of mechanical ventilation, length of stay in the ICU, the incidence of PPCs, and mortality in patients undergoing elective cardiac surgery.…”