“…, se refere a uma das críticas ao BF, no qual sugere que o programa incita a ociosidade dos beneficiários e pode desencorajar a busca ou mesmo o investimento pessoal com vista a obter melhores oportunidades de trabalho (ZIMMERMANN; ESPÍNOLA, 2015).SegundoCarmo et al (2016), com o incremento da renda, as famílias beneficiárias do PBF estão tendo maior acesso aos alimentos, porém, isso não é garantia de que a alimentação seja adequada em termos de qualidade. Nascimento et al(2017)ao analisarem o papel que o PBF desenvolve na SAN das famílias do Território do Marajó, PA, observaram que entre os principais produtos adquiridos pelas famílias estudadas, estavam a carne vermelha, arroz, feijão, açúcar, café e produtos industrializados, como, refrigerantes, salsicha, carne enlatada e macarrão instantâneo.Outros estudos, desenvolvidos com beneficiários do PBF, evidenciaram que entre as estratégias de consumo alimentar adotadas pela população estudada, estava a preferência por um cardápio monótono, composto por alimentos baratos, de alta densidade calórica e alto índice glicêmico, como refrigerante, biscoito, farinha de milho e macarrão, como também alimentos à base de açucares e gorduras (CABRAL et al, 2013;SPERANDIO;PRIORE, 2014;CARMO et al, 2016;FERREIRA;MAGALHÃES, 2017). A escolha por alimentos ultraprocessados é justificada pelo baixo custo, praticidade, conveniência, saciedade e maior aceitação por parte das crianças e dos jovens(FERREIRA;MAGALHÃES, 2017;NASCIMENTO et al, 2017).…”