Introdução: No ambiente hospitalar é comum para a prática clínica o uso de muitos medicamentos, o que leva um risco da ocorrência de potenciais interações medicamentosas. Objetivo: Descrever as interações medicamentosas potenciais nas prescrições de unidades de internação hospitalar. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo, transversal, descritivo realizado em unidades de internação clínica e cirúrgica de um hospital privado. Os dados dos medicamentos foram coletados a partir do prontuário e classificados pela Anatomical Therapeutic Chemical. As interações medicamentosas potenciais foram checadas no software Micromedex. Resultados: A amostra foi constituída por 612 indivíduos, 324 pacientes cirúrgicos e 288 clínicos. Houve predomínio do sexo feminino, idade média de 55 anos com variação de 18 a 100 anos, 29,1% possuíam ensino fundamental incompleto, 96,2% da raça branca e 62,4% casados. O medicamento mais prescrito foi a morfina, seguida do enalapril. As interações medicamentosas classificadas como graves totalizaram 54,8%. Os fatores associados com apresentar interações medicamentosas foram: apresentar hipertensão, uso de anti-hipertensivos, em especial as classes farmacológicas beta-bloqueadores e inibidores da ECA; uso de psicoanalépticos, psicoléptico e corticoides sistêmicos. Conclusões: No presente estudo, a potencial interação medicamentosa mais frequente foi entre a morfina e o tramadol, a média de interações medicamentosas foi de 3,6±4,9/paciente. Destacou-se a necessidade da avaliação do uso de medicamentos durante a internação hospitalar e suas potenciais interações medicamentosas, visando minimizar os riscos relacionados ao uso de medicamentos e aumentando a segurança do paciente internado.