Potencialidades do Geoturismo para a criação de uma nova segmentação turística no Brasil

Abstract

O turismo como atividade econômica, se apresenta através de segmentos turísticos, agregando quem produz, quem distribui e quem consome os serviços em um dado espaço. Há segmentos já reconhecidos, como Ecoturismo e Turismo Cultural, o Geoturismo surge como uma proposta de um novo segmento, que valoriza os patrimônios natural e cultural, por meio de visita e interpretação de atrativos abióticos. Neste sentido, propõe-se a discussão do Geoturismo enquanto segmento turístico sob os auspícios do marco teórico do Ministério do Turismo (MTUR). Para tanto foi realizada pesquisa bibliográfica e documental das expressões “geoturismo” e “segmento turístico” em produções científicas e técnicas nas plataformas Google Scholar, Scopus e Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações. Os resultados demonstram que: não há um consenso entre estudiosos do Geoturismo se é um segmento turístico, mas os pressupostos do MTUR dão subsídios para que seja reconhecido e prioritário nas políticas públicas de regionalização e sustentabilidade no futuro. Recomenda-se a utilização dos dados aqui apresentados do MTUR em parceria com agências governamentais, institutos de ensino e pesquisa, dentre outros, para que o Geoturismo seja elencado e validado como segmento turístico, por meio de políticas públicas que estimulem mais estudos, em especial relacionados à sua comercialização e perfil da demanda.

New Approach on the Quantitative Assessment of Geotouristic Potential: A Case Study in the Northern Area of the Rio De Janeiro Cliffs and Lagoons Geopark Project

“…Geotourism is not considered a tourist segment by the Ministry of Tourism of Brazil. Nevertheless, the study by Silva et al (2021) identified characteristics for it to become a tourist segment, among which are the practice of activities that value the traditions and environmental, architectural, and historical aspects present in the places visited.…”

Potencial Geoturístico De Quedas D’água Do Estado De Minas Gerais, Brasil

“…Geoturismo é um termo que tem recebido bastante atenção no meio acadêmico (RUCHKYS; MANSUR; , ocorrendo um avanço no sentido de concebê-lo como um novo segmento turístico, ao invés de subsegmento do ecoturismo, como foi inicialmente tratado (BENTO; FARIAS; COUTINHO et al, 2019;SILVA et al, 2021).…”

“…A segmentação é, portanto, uma estratégia de mercado voltada a grupos específicos, uma vez que oferece produtos com base nas necessidades identificadas (COUTINHO et al, 2019). Dentro desse contexto, pode-se afirmar que a concepção do geoturismo como segmento turístico, fugindo das discussões meramente acadêmicas, está atrelada a existência de uma oferta e demanda de produtos formatados e comercializados (SILVA et al, 2021).…”

“…O Estado de Minas Gerais não foge à regra, e é testemunha de uma extensa história geológica que vai do Proterozoico até o Cenozoico; resultando em elevada diversidade litológica, a qual, aliada à diversidade de relevo e solos acaba favorecendo a adaptação de animais e plantas, levando a uma alta biodiversidade, além de locais de grande beleza, como as quedas d'água, muitas das quais coincidentes com as áreas das unidades de conservação (SILVA et al, 2021). O objetivo desse estudo foi analisar o potencial geoturístico de quedas d'água, de forma a subsidiar a inserção de um novo valor (científico) e uso (educativo) de três quedas localizadas nas respectivas unidades de conservação do estado de Minas Gerais, Refúgio de Vida Silvestre Estadual dos Rios Tijuco e da Prata, Parque Estadual do Ibitipoca (PEI) e…”

Potencial Geoturístico Do “Circuito Das Águas Paulista”, Região Leste Do Estado De São Paulo, Brasil

“…Apesar de não existir um consenso entre estudiosos se o Geoturismo é um segmento turístico (SILVA et al, 2021), atualmente no Brasil, propõe-se que o Geoturismo seja considerado como um novo segmento que que objetiva a visitação e interpretação de locais com recursos geológicos e correlacionados que, somados aos aspectos sociais, culturais e históricos das destinações, se configuram como atrativos turísticos, e que visa a valorização de patrimônios natural e cultural, por meio de visita e interpretação de atrativos abióticos (SILVA et al, op. cit).…”