1998
DOI: 10.1590/s0104-93131998000100001
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Pontos de vista sobre a floresta amazônica: xamanismo e tradução

Abstract: O que é o trabalho xamânico na Amazônia de hoje? Como se pode entender, de forma mais geral, o florescimento do xamanismo e a extensão de sua clientela em situações de dominação colonial, desde pelo menos o século XVI? Que hierarquia de poderes e competências xamânicas e que formas específicas correspondem aos diferentes sistemas políticos e aos diversos nexos entre o local e o global? Por dever de ofício, cabe ao xamã o trabalho de tradução. Sugere-se que tradução deva ser entendida aqui em um sentido forte, … Show more

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“…Os guardiões espirituais têm o propósito de guardar o ambiente escolhido por eles para sua morada, que devem ser respeitados pelos Tembé como espaços ou ambiente dos espíritos. Somente o xamã ou curandeiro tem a permissão de transitar em todos os lugares e períodos (Cunha, 1998). A narrativa do cacique assinala essa permissão de circulação:…”
Section: O Tempo Na Aldeiaunclassified
“…Os guardiões espirituais têm o propósito de guardar o ambiente escolhido por eles para sua morada, que devem ser respeitados pelos Tembé como espaços ou ambiente dos espíritos. Somente o xamã ou curandeiro tem a permissão de transitar em todos os lugares e períodos (Cunha, 1998). A narrativa do cacique assinala essa permissão de circulação:…”
Section: O Tempo Na Aldeiaunclassified
“…Maués e Villacorta (1995, 1998 descrevem o ritual xamanístico contendo três elementos: humano, místico e material. O primeiro inclui um curador; o elemento místico inclui um deus, santo ou encantado; e o terceiro elemento acrescenta canto, dança, chá, pena, maracá, rede e cigarro.…”
Section: Ponto Urbe 15 | 2014unclassified
“…O uso do discurso direto é, portanto, um dispositivo central dos xamanismos ameríndios, pois garante que a palavra alheia seja reproduzida na íntegra e, portanto, conhecida por outros destinatários distantes do evento testemunhado diretamente pelo xamã que viaja alhures. O xamã, como dizia Manuela Carneiro da Cunha (1998), faz aí o papel de diplomata do cosmos e, de acordo com a metáfora constante nas terras baixas, opera como se fosse um "rádio", ou seja, um espaço através do qual repercute a polifonia sociocósmica. É a partir desse espaço de neutralidade, de preservação da palavra do outro em sua íntegra, que os ouvintes de uma determinada sessão ritual poderão conhecer os conflitos que ocorrem em outras posições e traçar as suas reações.…”
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