Pobreza e problemas sociais no interior Brasil da Primeira República: o caso de Alfenas-MG

Abstract

Pobreza e problemas sociais no interior do Brasil da PrimeiraRepública: o caso de Alfenas-MG Poverty and social problems in the Brazilian hinterland during the first Republic: the case of Alfenas-MG Alisson Eugênio * Resumo Esse texto é resultado de um estudo cujo objetivo é investigar alguns aspectos da pobreza na cidade de Alfenas. Para isso foram utilizados os requerimentos dos seus cidadãos, nos quais há diversas solicitações ao agente executivo municipal (termo utilizado para designar o cargo equivalente à função de prefeito) e à Câmara dos vereadores. Dessa documentação, foram retiradas as informações relativas à pobreza que serão utilizadas como indicadoras de desigualdades sociais em um dos mais prósperos municípios do Sul de Minas Gerais na época da Primeira República, para saber como as demandas dos pobres eram fundamentadas e, com isso, como elas podem contribuir para a compreensão dos problemas enfrentados pela população pobre na luta diária pela subsistência. Palavras-chave: pobreza, requerimentos, problemas sociais. AbstractThis text is the result of a study aiming to investigate some aspects of poverty in the city of Alfenas. For this, the demands of its citizens were used, in which there are several requests to the municipal executive agent (term used for the equivalent post at the mayor function) and the city council. This documentation was taken from information on the demands of the poor, to be used as indicators of social inequalities in one of the most prosperous cities in the South of Minas Gerais at the time of the First Republic, to learn how the demands were justified and, therefore, as they can contribute to the understanding of the problems faced by the poor in the daily struggle for survival.

“O POVO TEM FOME”: uma reflexão sobre a penúria em Salvador na Primeira República (1889-1920)

“…Ademais, no Brasil durante a Primeira República, a pobreza assolava, como apontou Alisson Eugênio: "a população pobre imersa naquela estrutura econômica vivia no limite da subsistência e não raro gemia sob o peso da miséria". 57 Eram muito os presos por furtar alimentos e produtos de necessidade básica. "Desde menino que roubo e estreei numa venda furtando bolachas por não encontrar dinheiro", relatou, em 1914, um jovem, ex-aprendiz de marinheiro preso.…”