Este artigo apresenta articulações teórico-metodológicas empreendidas a partir da perspectiva interseccional para investigar as negociações profissionais de cinco estagiárias em jornalismo no Rio Grande do Sul, que se inscrevem nos marcadores sociais da diferença de gênero, raça e classe. Com isso em vista, colhemos pistas sobre as estratégias de estudantes mulheres para a ascensão da carreira, que, em síntese, se relaciona à obtenção massiva de experiências, realização de cursos extracurriculares e demasiado empenho em sustentar suas habilidades. Tais táticas de crescimento profissional associamos ao agenciamento de feminilidade, que acaba por reter o desenvolvimento das mulheres às margens das profissões e salários.