Perfil epidemiológico das hepatites B e C em Maceió-AL no período de 2010-2020

Abstract

Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico dos pacientes infectados pelo vírus da hepatite B e C no período de 2010-2020 na cidade de Maceió - AL. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, descritivo, do tipo transversal, realizado a partir de dados não nominais, extraídos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponibilizados em planilhas de Excel pela secretaria de saúde municipal. A análise dos dados foi feita por meio de estatística descritiva das variáveis estudadas: sexo, faixa etária, raça/cor, nível de escolaridade e apresentação clínica. As diferenças foram consideradas significativas para os valores de p menores que 0,05. Resultados: O número de infectados por hepatites virais no município de Maceió de 2010 a 2020 foi de 2.570 casos. As infecções mais prevalentes foram decorrentes de HBV e HCV, sem qualquer notificação de HDV e HEV. Conclusão: Na capital alagoana as hepatites mais predominantes são B e C, onde a B foi a mais prevalente de 2010 a 2020. Sendo o sexo masculino, indivíduos na faixa etária dos 40 aos 59 anos, de raça parda, com ensino fundamental incompleto e em fase crônica da doença os mais acometidos.

Hepatites B E C Em Um Município Da Região Sudeste Do Mato Grosso

“…Neste município de estudo foram notificados e encontrados os prontuários de 59 casos de hepatites B (49,15%) e C (50,85%) nos anos de estudo, com ínfima diferença de casos entre os tipos etiológicos. Este dado assemelha-se ao município de Maceió (AL), entre 2010 e 2020, em que excluídos os dados ignorados para o tipo viral notificado, registrou-se 27,74% para hepatite B e 26,65% para hepatite C, além de demonstrar que os dois tipos virais possuem percentual estatisticamente maior de casos quando comparado a outros tipos virais estudados, denotando relevância para estes tipos virais (Luz et al, 2021).…”

“…Um perfil semelhante relacionado aos casos de hepatite C observado no presente estudo que prevaleceu o sexo masculino (53,33%) e não houve diferença estatística significante (p=0,4497), foi descrito em Anápolis (GO) (61,5%) sem diferença estatística encontrada (p=0,431) (Borges et al, 2022) e em Maceió (AL) (56,93%), mas diferindo da análise estatística, que há maior quantidade de homens infectados do que as mulheres em Maceió (p < 0,0001) (Luz et al, 2021).…”

“…Foi notório neste estudo que o diagnóstico dessa infecção ocorre geralmente entre 20 e 59 anos ou mais, compreendendo a idade adulta, em que há atividade sexual e há exposição ao risco nos ambientes de trabalho, principalmente da área da saúde. A hepatite C apresentou maior registro de casos também na faixa 40 a 59 anos (66,67%) e raça/cor parda (43,33%); fato que ocorreu em outros estudos Luz et al, 2021;Borges et al, 2022); apresentando diferença estatística significante em Borges et al (2022) para a faixa etária de 30 a 59 anos e para a raça parda (p=0,015 e p=0,029) dentre os anos estudados, corroborando com o presente estudo.…”

“…A forma clínica que predominou em Rondonópolis (MT) nas duas infecções foi a Hepatite Crônica/Portador assintomático (93,1% hepatite B e 93,34% hepatite C), valores majoritários quando comparados aos outros estudos; como em Maceió (AL) de 2010 a 2020, com 75,17% e 77,95% de registros de Hepatite Crônica para Hepatite B e C, respectivamente (Luz et al, 2021) e em Vitória da Conquista (BA), 2003 e 2014, que registrou 99,52% da forma crônica/ assintomática nos casos de hepatite C (Morais & Oliveira, 2015). O estudo de Borges et al (2022) observou diferença estatística significativa da variável forma clínica entre os casos notificados para hepatite C em Anápolis (GO) no decorrer dos anos avaliados (p = 0,001); como em Rondonópolis que se observou diferença estatística desta variável entre os anos avaliados para as duas hepatites e entre o total dos casos (p = <0,001).…”