Perfil epidemiológico da Doença de Chagas Aguda no Estado do Pará entre os anos de 2016 a 2020

Abstract

O objetivo do estudo foi realizar uma avaliação do perfil epidemiológico da DCA no estado do Pará entre os anos de 2016 a 2020. Para isso, o método utilizado neste estudo se deu pela utilização do banco de dados do DATASUS para os casos de DCA entre os anos de 2016 a 2020 utilizando variáveis socioeconômicas e regionais em saúde. De acordo com o achado, os meses de julho a janeiro possuem altos níveis de casos de DCA registrados, além da idade mais afetada estar entre os 20 a 59 anos, aliando-se principalmente às características socioeconômicas da população do estado e os aspectos culturais de consumo alimentar do açaí na região, associado também a forma de transmissão que na maior parte dos casos ocorre de forma vetorial, além da zona mais afetada ser a rural, que combinado com as regiões em saúde demonstram perspectivas políticas diferenciais na coleta de informação de casos e qualidade no atendimento prestado a população com DCA. Com isso, a pesquisa epidemiológica com DCA no estado revela paradigmas que ainda estão presentes no estado principalmente para a população negligenciada como pretos/pardos, indígenas e ribeirinhos, além das condições regionais de distribuição investimentos em saúde e condições apropriadas para o tratamento da DCA, o que revela que tal situação necessita de debate no estado.

Perfil epidemiológico e aspectos clínicos da doença de chagas no estado do Pará, durante os anos de 2017 a 2020

“…A falta de higiene na colheita e no processamento dos frutos da planta para o consumo, contribuem para a contaminação do suco pelo T. cruzi (Santos et al, 2019). Em consequência desses hábitos alimentares, a transmissão oral é a forma de maior incidência na região amazônica (Oliveira et al, 2022).…”

“…SegundoSantos et al (2019), a transmissão por via oral possui destaque no Estado do Pará, pois há uma elevada ingestão do protozoário T. cruzi presente na polpa de açaí, alimento que faz parte da dieta da população desse Estado, assim, a transmissão oral da doença de Chagas torna-se ainda mais presente nessa região. Somando-se a isso, paraOliveira et al, (2022), há negligência em fiscalização em relação a higiene e qualificação dos batedores de açaí. Esse fato acontece, pois, a contaminação do açaí pelo T. cruzi ocorre pela má higiene na colheita e no processamento do fruto(Santos et al, 2019).…”