“…Além disso, a gestação de alto risco é associada a uma multiplicidade de sentimentos negativos como ansiedade, medo, culpa, insegurança, dificuldades de aceitação, o que provoca vulnerabilidade e instabilidade emocional (Cabral et al, 2018;Wilhelm et al, 2015;Oliveira & Mandú, 2015). No contexto da gravidez de alto risco, a hospitalização é um procedimento necessário para vigilância e acompanhamento da gestação, o que intensifica e particulariza a experiência das gestantes, uma vez que são afastadas do seu convívio doméstico e da sua rotina, inseridas num ambiente novo, passando a conviver com outras gestantes e profissionais de saúde, com avaliações diárias por uma equipa multiprofissional, fármacos, exames e procedimentos, que resultam em stress adicional e necessidades de adaptação (Costa et al, 2019;Piveta, Bernardy, & Sodré, 2016). Frente ao contexto apresentado, importa compreender a gravidez de alto risco no contexto da hospitalização a partir da dinâmica social das gestantes, da sua maneira de conhecer e interpretar as situações da vida, dos seus comportamentos, das suas atitudes, das suas escolhas, valores, crenças, discursos, comunicação e sentidos que agregam valor ao fenómeno para elas próprias.…”