“…Os Conselhos de Saúde, compreendidos como espaços de pluralidade e diversidade na luta pela consolidação do direito à saúde e por democracia social (Aciole, 2003), devem incluir a participação de todos os seus membros no exercício deliberativo. Para isso, a literatura determina que apenas por meio da inclusão comunitária para o fortalecimento da cultura participativa e de uma contínua e permanente capacitação dos conselheiros de saúde, centrada na qualificação técnica e política -em especial entre os representantes dos usuários -será possível a aquisição de conhecimento, aumento da capacidade argumentativa, empoderamento dos sujeitos coletivos, mudança de práticas individuais e institucionais, compreensão do processo saúde-doença (subsidiando transformações no modelo de atenção à saúde), fomentando e consolidando a cultura de participação democrática e de resistência ao autoritarismo e clientelismos (ainda enraizados na cultura brasileira), assim como permitirá a superação de desafios das instâncias colegiadas, favorecendo uma prática qualificada e efetiva do controle social (Aciole, 2003;Alencar, 2012;Batista et al, 2010;Bispo Júnior et al, 2012;Bispo Júnior et al, 2006;Bispo Júnior et al, 2008;Coelho, 2012;Cotta et al, 2009;Cotta et al, 2010;Cotta et al, 2011;Fernandes et al, 2017;Lisboa et al, 2016;Martinez et al, 2016;Martins et al, 2008;Moura et al, 2017;Pereira et al, 2019;Shimizu et al, 2009;Shimizu et al, 2015;Shimizu et al, 2013;Siqueira, Cotta, et al, 2015;Ventura et al, 2017;Zambon et al, 2013), pois "só se pode controlar aquilo que se conhece" (Cotta et al, 2009, p. 434) e "sem formação e informação não há poder de ação" (Duarte et al, 2012, p. 136).…”