“…Por tais motivos, a importância desse critério é salientada por diversos pesquisadores (Anastasi & Urbina, 2000;Cronbach, 1996;Pasquali, 2001), embora sua definição tenha sido praticamente desconhecida pelos participantes dos dois grupos, verificando-se, inclusive, a confusão com outros critérios (notadamente precisão), além da presença de respostas genéricas ou errôneas, havendo ainda muitos casos em que os participantes assumiram não saber a definição de validade. Por outro lado, embora precisão tenha recebido, historicamente, inúmeros nomes, tais como fidedignidade e confiabilidade, ela constitui a característica de medir sem erros, de maneira que os escores obtidos pela mesma pessoa em ocasiões diferentes ou em diferentes conjuntos de itens equivalentes têm que ser coerentes (Pasquali, 2001 Assim, o que se pode notar é que o desconhecimento acerca da definição de validade e de precisão por parte dos participantes vai ao encontro da predominância de problemas frequentemente encontrados nos manuais dos instrumentos (notadamente os relacionados à ausência de estudos de validade e de precisão), antes da publicação da referida resolução, relatados na literatura (Noronha, Primi, & Alchieri, 2004;Noronha, Freitas, & Ottati, 2002;Noronha & Vendramini, 2003). Pode-se perceber, dessa forma, que não somente o usuário final demonstra desconhecimento acerca dos construtos bem como, durante muito tempo, os próprios construtores de testes e editoras também não se mostraram preocupados com essa questão, e, pelos resultados da pesquisa, parcela dos profissionais e estudantes também se mostram indiferentes aos esforços que vêm sendo feitos para a melhoria da área.…”