Panorama do câncer de mama em mulheres no norte do Tocantins - Brasil

Abstract

RESUMO Objetivo: avaliar a variação temporal dos percentuais de câncer mamário feminino em estádios precoce e tardio e analisar as variáveis sócio-demográficas associadas com esses estádios. Métodos: estudo de dados secundários realizado entre 2000 e 2015 no Hospital Regional de Araguaína, Araguaína, TO, Brasil. Resultados: foram diagnosticados 51,1% de casos de câncer mamário em fase avançada e 48,9% em fase precoce. Não houve diferença significativa dos percentuais de pacientes com estádios precoces e tardios ao longo dos anos avaliados. As mulheres de raça/cor preta, analfabeta e de procedência do sudeste do Pará apresentaram maior porcentagem de estadiamento tardio no momento do diagnóstico. Conclusões: a maioria das mulheres foi diagnosticada com doença avançada; a evolução temporal da proporção de casos (avançado/precoce) não demonstrou mudanças variacionais ao longo dos anos; foi identificado associação da doença em estádio avançado nas mulheres de raça/cor preta, analfabetas e provenientes do sudeste do Pará.

Câncer de mama: Análise da tendência de mortalidade em mulheres no Estado do Pará-Brasil

“…Os fatos observados são corroborados, por uma pesquisa realizada no estado do Tocantins, o qual demonstra que em até 51,1% dos casos encontrados a doença já está em estágio e fase avançada dificultando assim o tratamento. A maioria de mulheres diagnosticadas no Estado do Tocantins são provenientes do sudeste do Pará, o que evidencia que as mulheres são encaminhadas para Estados adjacentes para tentar realizar o diagnóstico e tratamento devido à grande fila de espera na cidade de Belém (Suleiman et al, 2017).…”

Evolução da mortalidade por Neoplasia Maligna de Mama no Brasil no século XXI: estudo retrospectivo com análise de dados secundários

“…Já a região Norte, apesar de apresentar o menor número absoluto de óbitos, exibiu o maior aumento percentual. Isso pode refletir tanto uma melhoria no registro e diagnóstico dos casos quanto um aumento real na incidência e mortalidade da doença, possivelmente devido a fatores como menor acesso a serviços de saúde especializados, diagnósticos tardios e limitações na infraestrutura de saúde (Suleiman et al, 2019).…”