Pandemia de Covid-19 e destruição da natureza: uma crítica baseada no marxismo ecológico

Abstract

A relação que o ser humano concretiza com a natureza por meio do trabalho é a premissa ontológica fundante do marxismo ecológico. As relações de produção, a precarização do trabalho e a luta de classes encontram-se dialeticamente relacionados com a degradação ambiental, pois o sistema produtivo utiliza-se do trabalho humano e da natureza como meios de produção, levando a impactos socioambientais que podem limitar a produção. Neste cenário de degradação da natureza e de precarização do trabalho, como uma pandemia pode evoluir historicamente?

Meio Ambiente E a Sua Propagação Da Covid-19 / Environment and Its Spread of Covid-19

“…A interação homem-natureza é marcada atualmente pela exploração descontrolada e dominação dos recursos naturais, culminando na degradação do meio ambiente. As relações de produção vigentes, a produção capitalista, além de exacerbar a degradação dos recursos naturais, ainda corrobora na geração de resíduos poluentes (PENELUC, 2020).…”

“…Uma das consequências marcantes do desequilíbrio ecológico causado pela degradação ambiental é o surgimento de doenças zoonóticas, favorecido por fatores como o desmatamento, caça e outras mudanças no uso do solo, a intensa produção agrícola e pecuária, as mudanças climáticas e o comércio ilegal ou irregular de animais silvestres (PENELUC, 2020).…”