Padrão alimentar e resistência à insulina em adolescentes

Abstract

O presente artigo busca correlacionar os padrões alimentares com a resistência à insulina em adolescentes. Trata-se de um estudo transversal com 153 adolescentes estudantes das escolas particulares de Picos-PI. Foi realizado avaliação antropométrica, bioquímica e dietética. Empregou-se a análise de componentes principais para determinação dos padrões alimentares e regressão linear para correlacioná-los com a resistência à insulina. Esta foi observada em 25,5% dos adolescentes avaliados, sendo que as meninas apresentaram maior prevalência (69,2%). Foram identificados quatro padrões alimentares: “Tradicional”, “Ocidental”, “Denso em energia” e “Em transição”. Em relação aos parâmetros bioquimicos, o padrão alimentar “Denso em Energia” apresentou correlação significativa com a glicemia. No tocante aos parâmetros dietéticos, os quatro padrões alimentares se correlacionaram significativamente com a energia. Entretanto, não foi observada correlação entre os padrões alimentares e a resistência à insulina em adolescentes, evidenciando a necessidade de estudos prospectivos em larga escala.

Associação entre padrão alimentar e perfil lipídico em adolescentes de escolas públicas em Salvador, Bahia.

“…Presume-se que quanto mais alta a glicemia pós-prandial, maior probabilidade de aumento na síntese de ácidos graxos a partir da glicose, devido ao fornecimento excessivo de átomos de carbono para o fígado (Polacow & Junior, 2007). Em consequência disso pode ocorrer oxidação reduzida e ao maior acúmulo de ácidos graxos nos tecidos e no sangue e a secreção de lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL -Very Low Density Lipoprotein), podendo contribuir para aumento nos níveis de TG e LDL-c e diminuição das concentrações de HDL-c (Alves et al, 2019;Brito et al, 2020;Beserra, et al, 2020). No entanto, no presente estudo não foi encontrada associação entre Padrão não Saudável e variáveis lipídicas.…”