A telecolaboração tem permitido acesso aos povos e línguas, transpondo barreiras geográficas e propiciando experiências significativas com vistas à construção de conhecimento, desenvolvimento de autonomia e competência intercultural. O teletandem, contexto que prevê a realização de sessões bilíngues de comunicação entre aprendizes de diferentes línguas por meio de aplicativos como o Skype e Zoom, tem possibilitado práticas pedagógicas significativas. Em um momento posterior à interação, um professor/pesquisador/mediador conduz as sessões de mediação junto ao grupo de participantes para promover um compartilhamento de experiências e fomentar a reflexão. O presente trabalho, sob uma metodologia qualitativa, enfoca dados de sessões de mediação com estudantes brasileiros referentes a interações conduzidas em 2016. Assim, pautados no suporte teórico da telecolaboração, tandem e teletandem, destacamos ocorrências da não separação de línguas nas interações, retratada pelos interagentes nas sessões de mediação, para compreender e buscar reforço de procedimentos e alinhamento aos interagentes. Os resultados evidenciam um desequilíbrio estabelecido pela mistura de línguas, que pode prejudicar as ações entre os pares, gerando desconfortos e interferindo, inclusive, nos demais princípios: reciprocidade e autonomia. Evidenciam, também, a importância das sessões de mediação como espaço de alinhamento e papel do mediador no suporte e potencialização da experiência entre os pares.