“…Animais como aves domésticas e selvagens podem ser importantes disseminadores, já que podem carrear em sua microbiota intestinal espécies de Campylobacter, incluindo C. jejuni, na maioria das vezes, sem qualquer sinal clínico (CORRY e ATABAY, 2001).A transmissão vertical de Campylobacter em aves comerciais é considerado um evento raro ou inexistente, já que o patógeno somente é detectado após a segunda ou terceira semana de vida, mesmo que tenham sido gerados de lotes de aves previamente infectados(HERMANS et al, 2012).Porém, a mortalidade precoce de embriões gerados de ovos SPF infectados com C. coli no saco aéreo foi demonstrada por Rossi e colaboradores (2012).Fonseca e colaboradores (2014) mantiveram ovos comerciais e SPF em contato com C. jejuni e concluíram que o consumo de ovos comerciais não é um fator de risco para a infecção humana por Campylobacter. Campylobacter no setor avícola brasileiro, tanto nas aves como nas carcaças e na carne, estão registradas em diversos estudos(SIERRA- ARGUELLO et al, 2016;BORTOLI et al, 2017;GOMES et al, 2018;DE OLIVEIRA et al, 2019;PROIETTI et al, 2020).Analisando cortes de carnes de frangos de duas marcas comerciais doSul do país, uma apenas para comercialização ao mercado interno e outra também para exportação, Wurfel e colaboradores(2019)detectaram positividade de Campylobacter em 33/36 (91,7%). Concluíram que além da alta positividade, as cepas também apresentavam alta variabilidade genética.…”