O objetivo do estudo foi comparar as habilidades sociais e a autoeicácia em médicos e enfermeiros uma vez que, historicamente, a prática médica tem sido centrada na autoridade do conhecimento e nas práticas mais curativas enquanto que a da enfermagem tem sido alicerçada no zelo do paciente e nas práticas mais paliativas. Participaram 168 indivíduos, sendo 82 médicos e 86 enfermeiros. Foram utilizados o Inventário de Habilidades Sociais, o Inventário de Empatia e a Escala de Autoeicácia Geral Percebida adaptada para a realidade brasileira. Os resultados obtidos mostraram que as habilidades sociais se relacionam com a autoeicácia e que apesar dos médicos terem apresentado maior número de correlações positivas entre habilidades sociais e autoeicácia, os enfermeiros apresentaram escores mais altos em habilidades sociais do que os médicos. Os resultados apresentaram ainda um escore semelhante em ambos os grupos para a variável autoeicácia.
Palavras-chave:Habilidades Sociais -Autoeicácia -Médicos -Enfermeiros.The aim of the study was to compare the social skills and self-eficacy in doctors and nurses, since medical practice historically has been focused on the authority of knowledge and healing practices, while nursing has been founded on the zeal for the patient and also on merely palliative practices. The study included 168 individuals of which 82 were doctors and 86 nurses. It was used Social Skills Inventory, Inventory Empathy and the General Perceived Self-eficacy Scale adapted to Brazilian reality. The results showed that social skills are related to self-eficacy and that, despite the fact that doctors have a greater number of positive correlations between social skills and self--eficacy, nurses had higher scores in social skills than the formers. The results also showed similar scores in both groups in relation to the eficacy variable.
IntroduçãoNo mundo cada vez mais globalizado e, consequentemente, mais competitivo, observa-se que as relações sociais estão se tornando cada vez mais supericiais e as práticas de relacionamentos interpessoais eicazes têm sido exercidas com diiculdade. No entanto, há uma exigência por práticas mais competentes nos relacionamentos imposta pelo próprio sistema que gerencia toda essa diversidade. É o que vem ocorrendo em relação às práticas de atendimento de médicos e enfermeiros.