O que os Movimentos de Mulheres e os Ecofeminismos do Sul nos ensinam? Apontamentos para a Educação Ambiental de Base Comunitária

Abstract

O presente trabalho tem como objetivo refletir sobre o diálogo entre a Educação Ambiental de Base Comunitária (EABC) e os movimentos Ecologistas de Mulheres e Ecofeminismos. Busca-se, portanto, nas experiências das resistências e práticas ambientais comunitárias, onde as mulheres tem presença preponderante, as bases para se pensar processos pedagógicos alternativos que caminhem no sentido da emancipação comunitária e superação das desigualdades sociais, ambientais, raciais e de gênero. Nesse caminho, levantamos alguns temas que aparecem como contribuições dos acúmulos destes movimentos para a EABC, dentre eles: a crítica radical à crise ambiental; a concepção de outras sustentabilidades; a noção da luta ambiental como luta pelo comum e os resgates dos saberes ambientais na cultura popular.

Learning spaces: built, natural and digital considerations for learning and learners

“…Such educational approaches focus on the communities most vulnerable to degradation as a result of social and environmental conditions, such as the Indigenous, peasants, traditional sher people and slum dwellers, and have inspired promising research strands. For example, the 'education in public environmental management' project, based on a critical pedagogy framework, aims at promoting participatory democracy in the management of territories; and 'communitybased environmental education' and has also been inspired by decolonial theories and political ecology (Quintas, 2007;Almeida and Loureiro, 2015;Magalhaes and Loureiro, 2016;Souza and Loureiro, 2018;Vitor, Goncalves and Sanchez, 2019;Melo and Barzano, 2020;Oliveira, et al, 2020;Pelacani et al, 2020;Stortti, Espinosa and Garcia, 2020). A review of critical environmental education research in Latin America (Sanchez, Pelacani and Accioly, 2020) suggests that the urgency of a fairer distribution of wealth and income ...focus on the communities most vulnerable to degradation as a result of social and environmental conditions, such as the Indigenous, peasants, traditional sher people and slum dwellers, and have inspired promising research strands.…”

Community environmental education and the struggle for water

“…A perspectiva das mulheres dentro da EABC é estudada no GEASur pela pesquisadora Oliveira et al (2020), que sinaliza as contribuições dos feminismos do Sul Global para se pensar a valorização das experiências comunitárias em sua pluralidade. Acredita que a perspectiva ecofeminista popular pode representar um caminho para a busca por alternativas de EABC que fortaleçam as comunidades.…”

“…Aqui, destacamos de maneira mais incisiva o papel das mulheres agricultoras neste contexto, justamente por reconhecermos que seus corpos e suas vidas são os mais impactados por tais projetos de des-envolvimento, bem como por reconhecermos sua atuação na articulação das comunidades e organização dos movimentos sociais. Portanto, levamos em conta no presente trabalho a presença das mulheres na EABC nas ações desenvolvidas pelo MAB, que em muitos aspectos denota uma educação ecofeminista (Oliveira et al, 2020). Posto isto, pretendemos descrever as ações pedagógicas e pontuar onde estas mulheres agricultoras se estabeleceram como protagonistas, compreendendo que os processos pedagógicos organizados pelos movimentos sociais fortalecem as lutas, integram territórios e internacionalizam os processos de resistência.…”

Diálogos entre Paulo Freire e Vandana Shiva como aportes para uma Educação Ambiental desde el Sur

“…As discussões levantadas por Shiva encontram ressonância também na Ecologia Política (MARTÍNEZ ALIER, et. al., 2017) e da Educação Ambiental (OLIVEIRA et. al., 2020) Questão Ambiental e Promoção da Saúde "enraizamento" nos auxiliam a aprofundar nosso entendimento sobre do chamando "ecologismo popular" (ALIMONDA, 2014) tanto no âmbito teórico acadêmico, quanto na prática educativa engajada junto às comunidades.…”

“…A Marcha das Margaridas, que acontece no Brasil há alguns anos, é um exemplo da articulação entre diferentes reivindicações trazidas pelas mulheres do campo, das águas e das florestas, onde a temática ambiental se mostra cada vez mais presente como parte estratégica da resistência e permanência das comunidades em seus territórios (SILIPRANDI, 2012). A experiência dessas mulheres, de luta e busca por alternativas contra a fome e as injustiças produzem aprendizados, práticas e valores que enriquecem a perspectiva da Educação Ambiental (OLIVEIRA et. al., 2020).…”