Resumo: A pesquisa objetivou identificar as possíveis explicações para as escolhas contábeis realizadas por gestores de companhias abertas listadas na NYSE e na BM&FBOVESPA, com relação à mensuração subsequente de Propriedades para Investimentos referente ao ano de 2013. As hipóteses levantadas atinentes aos incentivos das decisões dos gestores foram embasadas na Teoria da Agência e na abordagem metodológica empírico positivista, pressupondo que as escolhas contábeis podem ser explicadas por meio da relação entre as características das empresas e os interesses dos gestores. O presente estudo identificou que, de uma forma mais conservadora, para ambas as bolsas, ocorreu maior utilização do método do custo pelas empresas da amostra. Na comparação entre as empresas listadas na BM&FBOVESPA e na NYSE, as variáveis Big Four, tamanho da empresa, relevância do saldo de PPI e o fato de a empresa pertencer ao setor de telecomunicações, apresentaram-se como variáveis explicativas para a decisão sobre o método contábil a ser empregado. Embora não tenha sido encontrada influência de planos de incentivos nas escolhas contábeis realizadas pelas empresas amostrais, verificou-se que, havendo discricionariedade no tratamento contábil, existem características que podem definir a escolha pelo uso do valor justo.Palavras-chave: Escolhas Contábeis. Propriedades para Investimento. Teoria da Agência. Abordagem metodológica empírico positivista.